BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, se encontrou nesta segunda-feira (2) com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e líderes do governo para planejar uma abordagem no Congresso.
A reunião teve como objetivo traçar alternativas de arrecadação que possam substituir, ainda que parcialmente, a receita esperada com o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Haddad participou da reunião semanal com os líderes do governo: José Guimarães (PT-CE), na Câmara, Jaques Wagner (PT-BA), no Senado, e Randolfe Rodrigues (PT-AP), no Congresso.
O ministro já havia afirmado que, nesta segunda (2), chegou a um entendimento com Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente do Senado, para elaborar medidas que possibilitem ajustes no decreto que elevou o IOF. Ele também comentou sobre a retomada das reformas estruturais em conversas com os presidentes.
Estão em pauta duas frentes de iniciativas com o intuito de serem finalizadas até terça (3), antes da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à França. Uma delas trata de alterações em tributos relacionados às finanças.
As propostas em discussão podem ser divididas em dois grupos: medidas estruturais e ações de curto prazo, incluindo a receita de um novo leilão de petróleo, que pode aliviar as restrições orçamentárias do próximo ano.
Outra proposta em análise é estabelecer um teto para despesas médicas no Imposto de Renda, que diminuiria o montante a ser restituído aos contribuintes, mas efetiva apenas no próximo ano.
Essas discussões têm sido facilitadas após as reações negativas do setor empresarial e do mercado financeiro ao decreto do mês passado que aumentou o IOF, o que gerou tensões no Congresso em relação à aprovação dessa medida. Haddad se reuniu na semana anterior com Motta e Alcolumbre e recebeu indicações de que havia apoio na Câmara para revogar o decreto.
O governo tem a intenção de manter o aumento do IOF para 2025 e negocia alternativas apenas para 2026. Ministros de Lula informaram ao Congresso que não há viabilidade de abrir mão da arrecadação gerada pela alta do tributo e que não seria possível elaborar outras alternativas neste ano.
Na última reunião, Haddad alertou que o funcionamento da administração pública ficaria comprometido sem a continuidade do aumento do IOF.
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