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Hipertensão: uma doença silenciosa que pode ser fatal se não for prevenida e tratada

Hipertensão: uma doença silenciosa que pode ser fatal se não for prevenida e tratada

O cardiologista Dr. Renato Lott Bezerra, da Fundação São Francisco Xavier, explica que a hipertensão arterial representa um dos principais desafios de saúde pública

IPATINGA  – No dia 26 de abril, o Brasil celebra o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, uma data dedicada a conscientizar a população sobre os riscos de uma das doenças crônicas mais comuns no país. Silenciosa, a hipertensão muitas vezes não apresenta sintomas, mas pode comprometer órgãos vitais, impactar e reduzir a qualidade e a expectativa de vida, se não for controlada a tempo.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,28 bilhão de adultos no mundo vivem com a hipertensão, sendo que cerca de 46% não sabem que têm a doença. No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mais de 30% da população adulta é hipertensa, o que representa aproximadamente 38 milhões de brasileiros. Entre os idosos, essa proporção ultrapassa os 60%. A hipertensão é responsável por cerca de 10 milhões de mortes por ano no mundo, segundo a OMS. No Brasil, dados da SBC apontam que a cada 2 minutos uma pessoa morre vítima de doenças cardiovasculares, sendo a hipertensão um dos principais fatores de risco.

O cardiologista Dr. Renato Lott Bezerra, da Fundação São Francisco Xavier, explica que a hipertensão arterial representa um dos principais desafios de saúde pública, ao afetar diversos órgãos. “Ela se caracteriza por níveis elevados de pressão de forma persistente. É como se o sangue circulasse com uma força maior do que deveria, causando lesões nos vasos sanguíneos e, por consequência, em órgãos como coração, rins, cérebro e olhos”, afirma.

De acordo com o médico da FSFX, o problema é que a maioria dos pacientes não apresentam sinais claros da doença. Estima-se que quase metade dos hipertensos não sabem que têm a condição, o que dificulta o diagnóstico precoce. “Nos casos em que não há o diagnóstico e tratamento, os sintomas só aparecem quando a situação já é grave. E aí eles deixam de ser silenciosos para se tornarem devastadores, muitas vezes irreversíveis”, alerta o especialista.

Segundo o cardiologista, os riscos da hipertensão não controlada são amplos e perigosos. No coração, pode levar ao infarto, arritmias e até insuficiência cardíaca. Nos rins, o comprometimento pode evoluir para insuficiência renal, exigindo hemodiálise ou até transplante. Já no cérebro, aumenta-se o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, o que pode prejudicar funções básicas como fala, locomoção e alimentação. Nos olhos, a pressão elevada pode causar retinopatia hipertensiva, que vai desde visão embaçada até cegueira irreversível.

A importância de cuidar da saúde

O cardiologista reforça que a hipertensão é uma doença crônica e, portanto, não tem cura. Mas com o diagnóstico precoce e os cuidados corretos, ela pode ser totalmente controlada

Apesar dos riscos, a boa notícia é que a hipertensão pode ser controlada e, principalmente, prevenida com atitudes simples no dia a dia. A alimentação equilibrada é uma das aliadas mais poderosas no combate à pressão alta. “O excesso de sódio, presente no sal e em produtos industrializados, é um dos maiores vilões. Por isso, é fundamental reduzir o consumo desses alimentos e priorizar frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e laticínios com baixo teor de gordura”, orienta o cardiologista.

De acordo com o Dr. Renato Lott, outro pilar essencial é a prática regular de atividade física. “A recomendação mínima é de 150 minutos por semana, combinando exercícios aeróbicos, como caminhadas e corridas, com atividades de resistência, como musculação e pilates. O corpo precisa estar em movimento. O exercício físico não só protege o coração, como melhora o bem-estar físico e mental”, destaca o médico.

Além disso, o acompanhamento médico regular deve fazer parte da rotina de todos, mesmo daqueles que não apresentam sintomas. Isso porque a saúde é dinâmica e fatores como genética, envelhecimento e hábitos de vida podem desencadear a hipertensão ao longo dos anos. “Quem não se cuida, muitas vezes só descobre que é hipertenso quando já têm algum dano instalado. Por isso, exames periódicos e consultas preventivas são fundamentais”, alerta o Dr. Renato.

O cardiologista reforça que a hipertensão é uma doença crônica e, portanto, não tem cura. Mas com o diagnóstico precoce e os cuidados corretos, ela pode ser totalmente controlada. “Se a gente não diagnostica, não controla. E se não controla, é a doença que passa a nos controlar. Todas as consequências da hipertensão são evitáveis à medida que adotamos um estilo de vida equilibrado, do ponto de vista alimentar e de atividade física, sempre associando ao acompanhamento médico regular. Portanto, a prevenção é o melhor caminho para viver mais e melhor”, conclui.

Fundação São Francisco Xavier

A Fundação São Francisco Xavier é uma entidade filantrópica que atua desde 1969 e conta com cerca de 6.200 colaboradores. Atualmente, administra duas unidades hospitalares, sendo o Hospital Márcio Cunha com cerca de 70% dos atendimentos pelo SUS, em Ipatinga, e o Hospital Municipal Carlos Chagas com 100% dos atendimentos pelo SUS, em Itabira (MG).

As unidades hospitalares têm uma gestão marcada pela responsabilidade, pela oferta de atendimentos de excelência e pelas melhores práticas de segurança. Além das unidades hospitalares, a Fundação é responsável por administrar a operadora de Planos de Saúde Usisaúde, que possui mais de 200 mil vidas, o Centro de Odontologia Integrada, que mantém os melhores indicadores de saúde bucal já divulgados no Brasil, e o Serviço de Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente – Vita, que soma mais de 160 mil vidas sob sua gestão.

Na área educacional, o Colégio São Francisco Xavier, unidade precursora localizada em Ipatinga, é referência em Educação na região, com cerca de 2 mil alunos, da educação infantil à formação técnica.

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Confira a matéria completa em: www.jornalbairrosnet.com.br

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