O Ibama afirmou que o bioma enfrenta seca histórica e com suspeita de incêndios criminosos
Recentemente, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, afirmou que algumas áreas do Pantanal podem não se recuperar. Apenas em 2024, quase 5% do bioma sofreu queimadas.
“A natureza volta em muitas áreas depois de desastres como esse. [Mas] em alguns lugares a perda é significativa. Em alguns lugares pode ser, inclusive, irreversível. A gente está muito assustado em ver, pelo sexto ano seguido, o Pantanal sem o período de cheias”, declarou Agostinho em entrevista ao g1 e à TV Globo.
De acordo com o governo, o recorde de queimadas no Pantanal acontece por diversos fatores, entre eles, está a seca extrema na região.
“A seca começou três meses antes [do período de estiagem], mas não existe nenhuma evidência de que provavelmente ela termine três meses antes. Então, de fato, a gente vai ter que trabalhar com o pior cenário, que é o cenário de uma seca até o final do ano”, disse o presidente do Ibama.
Porém, Rodrigo Agostinho não descartou a possibilidade de alguns incêndios terem causas criminosas. “Eu não descarto que algumas dessas áreas onde o fogo começou tenha sido fogo para limpeza dos restos vegetais que ficam depois do desmatamento”. Dessa forma, ele afirma que a PF abriu um inquérito de investigação e, caso os responsáveis serem pegos, serão criminalmente punidos.
Foto destaque: Reprodução/Getty Images
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