Search
Close this search box.
Home » Vale do Aço Online » Inverno intensifica preocupação com infecções respiratórias no Brasil

Inverno intensifica preocupação com infecções respiratórias no Brasil

Inverno intensifica preocupação com infecções respiratórias no Brasil

Os registros de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) nas primeiras 24 semanas epidemiológicas de 2025 apresentaram um aumento de 30% em relação ao ano passado. Esse dado acende o alerta para o inverno, que começou oficialmente em 20 de junho, quando a incidência de diversos vírus respiratórios geralmente se eleva, resultando em mais infecções e quadros graves.

“No inverno, as pessoas tendem a ficar em ambientes fechados, como escritórios e transporte público, diminuindo a ventilação e aumentando o risco de transmissão de doenças respiratórias por gotículas. Tais gotículas podem se espalhar e contaminar pessoas próximas ou superfícies que outros tocam, levando o vírus ao rosto sem perceber”, explica a infectologista Silvia Fonseca.

Duas condições agravantes são a irritação das vias respiratórias devido ao frio e ao ar seco, o que torna o organismo mais suscetível a infecções. Além disso, o vírus Influenza tem uma tendência a ser mais transmissível em temperaturas mais baixas.

Conforme dados do Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), temos visto um aumento significativo nas infecções por influenza. Dos mais de 103 mil casos graves de SRAG contabilizados em 2025, quase 53 mil apresentaram um resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, sendo aproximadamente 27% relacionados aos tipos A ou B do Influenza. De meados de maio a junho, a incidência de influenza ultrapassou 40%.

A mortalidade também é alarmante, com a influenza figurando em destaque nos registros. Metade das quase 3 mil mortes causadas por SRAG foi associada à infecção por gripe, e esse percentual sobe para 74,6% ao considerar apenas os óbitos confirmados por algum vírus respiratório nas últimas semanas.

A infectologista Salvia Fonseca alerta para a importância da vacinação anual como a maior forma de prevenção. “Embora muitos vejam a gripe como uma doença leve, o vírus pode evoluir rapidamente para condições severas, especialmente em idosos e em aqueles com doenças crônicas“, afirma.

Vacinação e Prevenção

Conforme dados do painel de vacinação do Ministério da Saúde, até o dia 20 de junho, menos de 40% do público-alvo havia se vacinado contra a influenza este ano. A campanha, iniciada em abril, visa proteger as populações mais vulneráveis antes do pico de circulação do vírus. O imunizante é eficaz contra os subtipos A H1N1, A H3N2 e B, reduzindo a incidência de casos graves e mortes.

A covid-19 continua a ser uma preocupação, mesmo com uma queda na taxa de mortalidade. Este ano, a incidência de óbitos relacionados à covid-19 foi de 30,9% nas 24 primeiras semanas, com uma letalidade significativamente mais alta em idosos.

A vigilância também se estende ao vírus sincicial respiratório (VSR), causador de bronquiolite, que continua preocupando especialistas, especialmente entre crianças. A vacina contra o VSR deve ser incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) para gestantes a partir do segundo semestre deste ano.

A professora de Enfermagem Andréia Neves de Sant’Anna enfatiza que práticas de etiqueta respiratória devem ser mantidas: evitar aglomerações, lavar as mãos regularmente, usar lenços descartáveis e manter ambientes bem ventilados são medidas essenciais.

Além disso, manter uma alimentação saudável e se hidratar adequadamente podem contribuir para a recuperação do organismo.

Confira a matéria completa em: maisvip.com.br

Leia também

Newsletter

LEIA TAMBÉM