A Prefeitura de Ipatinga reforçou, nesta sexta-feira (4), seu compromisso com a construção de soluções para um dos desafios sociais mais urgentes e complexos da atualidade: a situação de pessoas em condição de rua. Um encontro intersetorial realizado na sede do Executivo reuniu representantes do poder público, sociedade civil organizada e órgãos de proteção – como Ministério Público, Defensoria Pública, Polícias Militar, Civil e Municipal – para debater estratégias e fortalecer a rede de assistência.
Reconhecida pela atuação proativa, a administração municipal apresentou os serviços já em funcionamento, como casa de acolhimento, fornecimento de refeições, espaços para higiene, atendimento psicológico e social, guarda de documentos, pernoite e transporte para retorno ao município de origem. No entanto, o encontro sinalizou uma nova etapa no enfrentamento do problema: a criação de um serviço especializado de abordagem social, que será responsável por identificar, encaminhar e oferecer soluções individualizadas às pessoas em situação de rua.
De acordo com o secretário de Governo, Everton Campos, o município assume uma posição de liderança no enfrentamento da situação de rua com responsabilidade e diálogo. “Estamos tratando a questão com seriedade, provocados pela sociedade e incentivados pelo Ministério Público. Queremos construir, de forma colaborativa, um plano de ação envolvendo toda a comunidade”, declarou.
Além de representantes das nove regionais de Ipatinga, o encontro contou com a participação ativa de moradores, conselheiros municipais, lideranças religiosas e comunitárias, lojistas e comerciantes, todos convidados a contribuir com a iniciativa.
Para o secretário de Comunicação, David Barroso, o sucesso das ações depende da união de todos. “O compartilhamento de vivências e a escuta ativa são fundamentais para compreender as reais necessidades dessa população. Precisamos de estudo contínuo e aprimoramento dos serviços. O envolvimento da sociedade é essencial para criar uma política pública sólida e eficaz”, destacou.
A presidente do Conselho Comunitário de Segurança Pública (Consep VII), Maria Júlia Bomfim, ressaltou que a experiência de Ipatinga pode inspirar outras cidades. “A criação de uma rede de proteção robusta, com participação de todos os setores, é fundamental. Não basta oferecer assistência emergencial; é preciso garantir reintegração social e reduzir a pressão sobre os serviços de acolhimento.”
O diretor da Associação dos Moradores e Comerciantes do bairro Cidade Nobre (ASMOCIN), Elianderson Lima, reforçou o apelo à mobilização da população. “Essa é uma causa de todos. Só com o esforço coletivo conseguiremos transformar a realidade das pessoas em situação de rua. Ipatinga já é uma cidade acolhedora e justa, e juntos podemos fazer ainda mais.”
A proposta é que novos encontros intersetoriais fortaleçam a construção de uma política pública duradoura, voltada à dignidade, ao respeito e à inclusão social.
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