A Câmara Municipal de Ipatinga aprovou nesta sexta-feira (27) o Projeto de Lei nº 140/2025, que concede um reajuste de 0,43% aos profissionais da educação da rede municipal. Este aumento se soma aos 4,83% já concedidos anteriormente, resultando em um total de 5,26% de reajuste para a categoria. O projeto, que agora segue para sanção do prefeito Gustavo Nunes, não terá efeito retroativo a janeiro de 2025.
Na sessão da 660ª Reunião Ordinária, a emenda proposta pela vereadora Professora Cida Lima para a concessão de pagamento retroativo foi rejeitada. O parecer jurídico das comissões apontou para a falta de previsão orçamentária e a necessidade de autorização do Executivo para a criação de despesas adicionais.
Durante o debate, parlamentares a favor do projeto afirmaram que essa proposta é um passo em direção a uma política de reajuste diferenciada para os profissionais da educação, em comparação a outras categorias do funcionalismo público. No entanto, muitos vereadores destacaram a importância de continuar as discussões sobre a valorização da profissão nos próximos meses.
A coordenadora do Sind-UTE Ipatinga, Cíntia Rodrigues, criticou o reajuste aprovado, enfatizando que o valor de R$ 18,60 a mais para um professor com carga de 40 horas semanais é inaceitável e muito abaixo do índice de 6,27% estabelecido pelo Ministério da Educação para o piso nacional.
Cíntia também denunciou a falta de retroatividade e a postura do governo municipal, que, segundo ela, tem agido de forma intransigente, além de realizar demissões em massa e usar a Guarda Municipal para impedir a entrada de educadores na Prefeitura. Ela relatou ainda que representantes do sindicato foram ameaçados de prisão durante uma tentativa de diálogo com a Secretaria de Educação.
Uma nova reunião entre o sindicato e o Executivo está agendada para agosto, mas, até o momento, o governo não apresentou propostas concretas.
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