Search
Close this search box.
Home » Vale do Aço Online » Ipatinga cria benefício emergencial para famílias afetadas pelas chuvas

Ipatinga cria benefício emergencial para famílias afetadas pelas chuvas

Patrocínio

O ano de 2025 deverá ser marcado por um dólar fortalecido, sob impacto direto das medidas econômicas que deverão ser implementadas no segundo governo de Donald Trump nos Estados Unidos. A moeda norte-americana apresentou uma desvalorização frente ao real, no início do ano, sobretudo após a posse do republicano, mas economistas projetam novos crescimentos nos próximos meses, pressionando a inflação no Brasil.

Nesta quarta-feira, a cotação marcou R$ 5,94, o menor valor desde 27 de novembro do ano passado. À época, o dólar bateu os R$ 5,91. Após este período, a moeda chegou ao recorde de R$ 6,30, sob impacto de incertezas do mercado em relação à política fiscal do Brasil.

No radar para as próximas semanas, o mundo aguarda a assinatura de decretos que devem oficializar promessas feitas por Trump no período de campanha. Entre as principais medidas, destaca-se o aumento de taxas sobre produtos importados. A medida terá como alvo principal, segundo o presidente norte-americano, a China, mas pode afetar também as relações comerciais com o Brasil, que tem os Estados Unidos como o segundo maior parceiro comercial.

Outra intervenção que poderá fortalecer a moeda é a promessa de criar taxas comerciais para viabilizar a instalação de novas indústrias no país. O professor e economista da Associação Comercial e Empresarial de Minas Gerais, Paulo Casaca, citou que as projeções sobre câmbio são difíceis, mas ele acredita em uma mudança no patamar atual, de desvalorização do dólar frente ao real.

Segundo o docente, havia uma expectativa de que o pacote econômico fosse oficializado na lista de decretos assinados por Trump durante a posse. Outro ponto, segundo Casaca, foi a grande injeção de dólares na economia brasileira no início do ano, com destaque à venda feita pela Cosan, de quase 5% das ações da Vale, por mais de R$ 9 bilhões.

“Se esse fluxo de entrada de dólar permanecer nessa magnitude, até março o dólar poderia chegar a R$ 5,81, R$ 5,82. Mas, obviamente, depende do que vamos assistir nas próximas semanas nesse começo de mandato do governo Trump. Eu não apostaria minhas fichas nessa supervalorização do real”, exemplificou Paulo Casaca.

Ainda que não se tenha um aumento direto de tarifas de importações a produtos brasileiros, o economista acredita em impactos ao Brasil. “Mesmo que a elevação de alíquotas de importação seja só para China, México, Canadá, isso já tornaria o dólar valorizado frente a todas moedas do mundo, principalmente uma moeda emergente como o real”,complementou.

A valorização é observada também pela economista do C6 Bank, Cláudia Moreno. Ela vê um cenário de retomada da moeda norte-americana ao patamar de R$ 6,30 até o final do ano, com impactos também gerados pelo cenário doméstico. “No Brasil, o problema é fiscal. Para que a gente veja o dólar real retornando a níveis mais baixos, os investidores precisam perceber que a trajetória fiscal brasileira é sustentável”, exemplificou.

Impacto sobre combustíveis pode pressionar inflação
A Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) tem cobrado da Petrobras um reajuste no preço dos combustíveis no Brasil, em função da alta variação de dólar no final do ano passado. O mercado brasileiro é abastecido, em parte, por distribuidoras que compram derivados de petróleo de outros países. Com um possível fortalecimento da moeda neste ano, a economista e conselheira do Conselho Regional de Economia de São Paulo, Carla Beni, vê um impasse para a estatal, que não reajusta os preços da gasolina e do diesel desde o ano passado.

“É uma questão relacionada também com as questões no Oriente Médio. Nós temos uma quantidade enorme de possibilidades. Então, se o dólar se fortalecer, ou seja, se o real depreciar mais, a gente vai ter um repasse disso até para os preços na inflação de custos da população. Vamos ver por quanto tempo a Petrobras vai segurar a manutenção do preço porque não foi feita nenhuma correção recentemente”, disse a economista, também professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Cláudia Moreno, do C6 Bank, citou que a inflação no Brasil pode ser, justamente, afetada por commodities cotadas em dólar, como o petróleo e alimentos. “E aí tudo acaba ficando mais caro, além dos próprios produtos importados. Com absoluta certeza, esse câmbio mais depreciado traz pressão para a inflação”, disse.

Contradição

A economista Carla Beni ponderou que o interesse de Trump em fortalecer as exportações norte-americanas pode enfraquecer o dólar, medida que se confronta diretamente com a proposta de aumentar taxas sobre produtos importados para fortalecimento da moeda. “Ele não quer, na verdade, nenhuma concorrência com uma moeda dos Brics ou qualquer coisa do gênero. Então, é importante colocar essa dicotomia porque ele mesmo apresentou isso na campanha. Com isso posto, nós precisamos observar a movimentação das tarifas, se elas vão acontecer, de que forma, como que isso vai ser feito”, completou.

 

 

Confira a matéria completa em: zug.net.br

Leia também

Newsletter

LEIA TAMBÉM