BRASÍLIA – Na semana em que deve ser denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reunirá com sua base política no Congresso Nacional. O encontro será nesta terça-feira (18), no Senado Federal, quando Bolsonaro participará de um almoço com nomes da oposição.
O almoço será promovido pelos senadores Wellington Fagundes (PL-MT), líder do Bloco Vanguarda; Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição; Carlos Portinho (RJ), líder do PL; e Eduardo Girão (CE), líder do Novo. Outros nomes da oposição estarão presentes.
Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal (PF) em novembro por tentativa de golpe de Estado para se perpetuar no poder depois das eleições de 2022. O caso foi para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que analisa, desde dezembro, uma eventual denúncia do ex-presidente.
A expectativa é que essa denúncia chegue ao STF até o final desta semana. Se for confirmada, Bolsonaro pode se tornar réu em processo na Primeira Turma da Suprema Corte, composta pelo relator do inquérito, Alexandre de Moraes, o presidente da Turma, Cristiano Zanin, além dos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux.
A expectativa é que essa decisão ocorra até o final do ano para não contaminar o processo eleitoral de 2026, que Bolsonaro tenta se inserir mesmo inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No Congresso Nacional, Bolsonaro aposta em algumas estratégias para ser reabilitado eleitoralmente. Assim como a oposição, ele insiste no avanço de um projeto que anistia os envolvidos nos atos do 8 de janeiro de 2023 e que pode ser ampliado para beneficiar o ex-presidente.
A maior investida, no momento, é em um projeto que esvazia a Lei da Ficha Limpa e reduz de oito para dois anos o prazo que uma pessoa pode ficar inelegível. Os dois projetos estão na Câmara dos Deputados e não têm previsão de votação, apesar das negociações da oposição.
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