BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realiza nesta segunda-feira (20) a primeira reunião ministerial do ano, na Residência Oficial da Granja do Torto, com todos os seus 38 ministros e mais os líderes do governo no Congresso Nacional.
O encontro acontece após uma crise enfrentada pelo governo após a instrução normativa da Receita Federal sobre o Pix, revogada na última quinta-feira (16) em meio a uma apreensão em parte da população e notícias falsas de que as transações seriam taxadas.
A comunicação do governo é apontada como uma das grandes responsáveis pelo resultado desastroso da medida. E deve ser esta a principal cobrança de Lula na reunião ministerial. O presidente acabou de realizar uma troca de comando na Secretaria de Comunicação (Secom), com a posse de Sidônio Palmeira no lugar de Paulo Pimenta, e aposta nesta mudança para melhorar o diálogo com a população. No entanto, todos as pastas serão cobradas nesse quesito.
Além disso, o petista deve fazer um balanço da primeira metade da gestão e projetar os dois próximos anos. Lula tem dito que 2023 e 2024 foram anos de “plantio”, com o restabelecimento de programas sociais e a aprovação de medidas econômicas consideradas prioritárias. E que 2025 e 2026 serão o tempo de “colheita” de resultados – e, consequentemente, uma melhora de sua aprovação. Governistas acreditam que os resultados já entregues são melhores do que a percepção da população aponta nas pesquisas.
Reforma ministerial
A reunião desta segunda-feira deve ser a última antes de Lula concluir as mudanças que pretende fazer em sua equipe neste início de ano. A troca de Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira foi apenas a primeira.
Nas próximas semanas, o presidente deve realizar novas trocas para atender, sobretudo, partidos de centro e do Centrão, que demandam mais espaço na Esplanada. Alguns reivindicam, por exemplo, uma das pastas sediadas no Palácio do Planalto, cujos ministros convivem de forma mais próxima com Lula. Aliados como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), podem ser contemplados.
A expectativa é que o presidente espere pela eleição às presidências do Senado e da Câmara dos Deputados, no início de fevereiro, que devem culminar nas vitórias do senador Davi Alcolumbre (União-AP) e do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), para concluir a reforma ministerial.
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