03 de julho, de 2024 | 15:44
Ipatinga tem uma das seis piores campanhas da Série D do Brasileirão
Futebol no Ipatingão pode ser que seja somente em abril do ano que vem, se mais uma crise for contornada no Tigre
A três jogos de terminar a melancólica campanha no Campeonato Brasileiro da Série D, sem qualquer chance de classificação para a fase seguinte, o Ipatinga Futebol Clube conta os minutos para encerrar esta participação, bem como a sua desastrosa temporada de 2024. A previsão é de que haja retorno às atividades somente no início do ano que vem, nos preparativos para a possível disputa do Módulo B do Campeonato Mineiro. Possível porque o futuro da agremiação é completamente incerto.
O clube tem como outra marca negativa nesta competição nacional uma das piores campanhas dentre os 64 participantes. Com apenas 7 pontos ganhos (uma vitória e quatro empates) em 11 jogos, ele só não é pior do que outros cinco clubes (Real Brasiliense – 6; Potiguar, Audax e Patrocinense – 5; Humaitá- zero ponto). Outra curiosidade é que o único triunfo do Audax foi exatamente sobre o Tigre, por 3 a 0, em pleno Ipatingão. O Patrocinense foi outro rebaixado no Campeonato Mineiro deste ano, com o agravante de ter abandonado a competição.
Os jogos
O calvário ipatinguense tem a seguinte ordem: sábado próximo (6), às 17h, no Ipatingão, jogo contra o Democrata-SL, também já eliminado; dia 14/7, em Salvador, contra o Itabuna; dia 20/7, às 15h, no Ipatingão, contra a Portuguesa-RJ.
Com isto, nesses dois jogos restantes como mandante, o clube tende a computar os piores públicos de sua história de 26 anos de existência.
O clima é de fim de feira”, com o elenco e comissão técnica em atividade para literalmente cumprir tabela”. A cada semana uma leva de jogadores é liberada. Esta semana, por exemplo, o zagueiro Alex Trindade juntou as malas e seguiu seu destino, assim como o meia Lira.
Dinheiro
O que não faltou foi dinheiro, pois o repasse da CBF chegou aos cofres do clube, no total de R$ 400 mil, parcelados.
Espera-se que, com a última parcela depositada por esses dias, haja a quitação dos compromissos relativos a esta disputa nacional. Quanto às dívidas do Campeonato Mineiro do Módulo A no início da temporada, um mês e meio de salários e diversos outros compromissos seguem em aberto, tendo vários profissionais já procurado a Justiça do Trabalho em busca de recebimento. Só aumenta o passivo trabalhista da agremiação, que já passa dos R$ 30 milhões, pois a anunciada SAF (que não tem nenhum dono atualmente) e a recuperação judicial não saíram da promessa.
Futuro incerto
Sem dono da SAF e qualquer perspectiva de patrocínio para o próximo ano, com o CT necessitando de alguns reparos e a necessidade de se arrecadar pelo menos R$ 1 milhão para disputar a Segunda Divisão estadual, o futuro do Ipatinga é sombrio. O presidente Nicanor Pires, que atualmente responde pelo clube e pela SAF juntamente com o diretor de futebol Amarildo Ribeiro, dá sinais de que deverá renunciar ao cargo. Pressionado, sem recursos financeiros para vislumbrar um bom recomeço e sem alguém para assumir a SAF e o passivo, o dirigente pode sair de cena.
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