PELOTAS, RS (FOLHAPRESS) – O Itaú Unibanco ajuizou uma ação judicial nesta terça-feira (25) contra seu ex-diretor financeiro Alexsandro Broedel Lopes e o contador Eliseu Martins, buscando a restituição de R$ 6,64 milhões por pareceres jurídicos que, segundo o banco, foram pagos, mas nunca entregues.
Dessa quantia, o Itaú requer R$ 1,6 milhão em restituição imediata, afirmando que esses valores foram quitados indevidamente a Martins e sua empresa, a Care Consultores.
Broedel, que deixou o banco em julho de 2024 para assumir a diretoria de contabilidade do Banco Santander na Espanha, enfrenta desde dezembro uma série de acusações por violar políticas internas e a legislação ao se envolver em “grave conflito de interesses e benefício próprio” no relacionamento com Martins.
Ambos têm negado as alegações, que foram inicialmente apresentadas no ano passado, indicando que Broedel se beneficiava pessoalmente de pagamentos feitos ao contador e sua empresa, de quem era sócio.
Em janeiro, o Itaú entrou com outra ação judicial, exigindo o pagamento de R$ 3,35 milhões de Broedel, acusando-o de desvio de poder e gestão irregular, sendo que o executivo, segundo o banco, ficava com parte dos pagamentos destinados a serviços contratados.
Uma reportagem do Financial Times, em fevereiro, destacou que Broedel está sendo investigado criminalmente pela suposta apropriação indevida de fundos durante sua direção no Itaú, com indícios do Ministério Público Federal de São Paulo que encaminhou o caso à polícia.
Em fevereiro, o banco conseguiu uma liminar no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para bloquear um imóvel de Broedel, avaliado em R$ 10 milhões, que ele tentava vender em São Paulo. Atualmente, o ex-diretor reside em Madri.
Broedel reiterou que nega qualquer conduta irregular, classificando as acusações como “infundadas e sem sentido”. Nesta terça-feira, seus representantes informaram à mídia que o executivo ainda não havia sido formalmente notificado sobre a nova ação e que as alegações são inválidas.
Martins também se posicionou da mesma forma, esclarecendo que mantém uma relação profissional com o Itaú há quase cinco décadas e que algumas transações foram pagas antecipadamente. Ele se disse disposto a reembolsar o Itaú quando necessário.
Confira a matéria completa em: maisvip.com.br