Karla Sofía Gascón se defende de acusações e diz ser ‘menos racista que Gandhi’

A atriz Karla Sofía Gascón afirmou que é “menos racista que Gandhi” após polêmicas surgidas a partir de postagens antigas suas no X (ex-Twitter) que reemergiram durante sua campanha ao Oscar. As mensagens continham conteúdos ofensivos a diversas minorias, gerando críticas e acusações de racismo e xenofobia.

Gascón, que esteve indicada ao prêmio de melhor atriz, comentou sobre o assunto em um evento em Madri, onde lançou seu novo livro autobiográfico, “Lo que Queda de Mi”. Ela declarou que não necessita do perdão de ninguém e convidou aqueles que se sentiram ofendidos a dialogarem com ela: “Se alguém se sentiu ofendido por coisas que posso ter feito em minha vida, que venha até mim e me diga.“

Como primeira mulher trans indicada ao Oscar, a atriz também alegou ser alvo de uma campanha coordenada contra ela, ressaltando um clima de “hipocrisia, preconceito e pressa no julgamento”. Gascón expressou estranhamento pela recuperação de postagens antigas, datadas de 2016, para atacá-la. “Disseram que sou de extrema-direita, racista ou qualquer coisa”, declarou. “Mas se tem algo que fiz em toda minha vida foi ser contra tudo isso. Quando era jovem, eu brigava contra skinheads. Quando alguém vem até mim e eu pergunto: ‘O que eu fiz para te ofender?’, ninguém consegue dizer nada.”

Ela chamou a situação que viveu de “massacre na rede social” e reafirmou seu respeito pelos muçulmanos, ressaltando que se opõe ao “fanatismo, terrorismo e todas as coisas estranhas que são feitas em nome de Deus ou da religião”. Gascón foi questionada se se arrepende de alguma coisa e se faria tudo do mesmo jeito novamente: “A vida sempre nos coloca em lugares difíceis para que possamos aprender. E você sempre aprende com os erros.“.