A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, veio à tona com uma sugestão polêmica: que os clubes brasileiros considerem mudar sua filiação da Conmebol para a Concacaf. Essa declaração foi feita após a Conmebol impor uma punição considerada leve ao Cerro Porteño referente a um caso de racismo contra o jogador Luighi, que ocorreu recentemente.
“Já que a Conmebol não consegue coibir esse tipo de crime, não consegue tratar os brasileiros com o tamanho que os clubes representam à Conmebol, por que não pensar em nos filiarmos à Concacaf? Só assim vão respeitar o futebol brasileiro”, disse Leila em entrevista à TNT Sports.
O Palmeiras também recebeu apoio da Libra e da Liga Forte União (LFU) na luta contra o racismo no futebol sul-americano. Nesta segunda-feira (10), o clube enviou uma carta à Índice da FIFA solicitando a intervenção da entidade para combater os crescentes casos de discriminação racial em competições organizadas pela Conmebol.
Ainda segundo Leila, na quarta-feira (12), é aguardada uma reunião com outros clubes na CBF para discutir o tema. “Tenho uma reunião na CBF, vou conversar com os clubes brasileiros que vão estar lá e com o Ednaldo. É uma semente a se plantar. Se não somos respeitados aqui na América do Sul, por que não ir à Concacaf? Com certeza, financeiramente seria melhor para os clubes brasileiros”, ressaltou.
Entenda o caso
O incidente ocorreu durante uma partida da Libertadores Sub-20, onde o Palmeiras venceu o Cerro Porteño por 3 a 0. O jogador Figueiredo foi alvo de ataques racistas enquanto deixava o campo, com um torcedor imitando um macaco. Luighi, que também foi substituído, recebeu ofensas similares. Após alertar a arbitragem sobre a situação, o árbitro Augusto Menendez ignorou a denúncia e a partida continuou normalmente.
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