A peça Sangue, escrita e dirigida por Kiko Marques, está em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília até o dia 6 de abril. Estrelada por Carol Gonzalez, Leopoldo Pacheco, Rogério Brito e Marcos Suchara, a produção explora temas como poder, dominação e violência de gênero, utilizando o teatro como metáfora para tais questões.
O enredo acompanha dois atores que enfrentam a revogação dos direitos autorais de uma obra de um renomado autor francês falecido durante os ensaios de sua peça.
Entrevista com os Atores
Em entrevista ao Metrópoles, Leopoldo Pacheco e Carol Gonzalez discutiram a peça, a importância dos direitos autorais e o impacto da inteligência artificial na cultura, além da resistência do teatro frente ao consumo acelerado de conteúdos digitais.
“O teatro está ali, ao vivo, acontecendo. Você pode fazer um espetáculo cem vezes e cada uma vai ser diferente. Isso é muito precioso. Nada substitui a experiência presencial, e isso vale tanto para quem faz quanto para quem assiste”, afirmou Pacheco.
A resistência do teatro no Brasil é uma luta constante, segundo Pacheco: “Fazer teatro no Brasil sempre foi uma luta. Porém, essa luta faz parte do processo, e encontramos maneiras de continuar por acreditarmos na força dessa arte”.
Carol Gonzalez comentou sobre a percepção pública e a desinformação quanto à Lei Rouanet, crendo que o teatro nunca irá desaparecer, apesar das adversidades. Ela destacou a importância de informar a população sobre os benefícios financeiros e sociais da arte.
“É significativo que a arte leva informação e reflexão a todos. Acredito que ela é necessária”, completa.
Papel da Lei Rouanet
Os atores também enfatizaram a relevância da Lei Rouanet e como sua polêmica se deve a equívocos. Para Pacheco, o apoio cultural é essencial para a diversidade no Brasil. “Não sei os números exatos, mas esse investimento retorna quase em dobro. A cultura é parte do PIB brasileiro e gera muitos empregos, movimentando uma economia significativa”, destacou o ator.
A mensagem é clara: o teatro é uma arte vital que precisa ser preservada e incentivada.
Confira a matéria completa em: maisvip.com.br