O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu condenar o empresário Luciano Hang, proprietário da rede de lojas Havan, juntamente com dois políticos do Rio Grande do Sul, por abuso de poder econômico e político durante as eleições municipais de 2020. A sentença, assinada pelo ministro André Ramos Tavares, torna Hang, Anderson Mantei (PP) e Alcides Vicini (PP) inelegíveis até 2028.
O caso refere-se a um evento realizado quatro dias antes do primeiro turno em Santa Rosa (RS), onde Hang esteve para anunciar a abertura de uma nova unidade da Havan. A ação, transmitida ao vivo nas redes sociais dos candidatos Mantei e Vicini, foi rotulada como um “showmício” pela acusação.
A coligação União do Povo por Santa Rosa, ligada ao PT e derrotada na eleição, foi a responsável pelo processo. Inicialmente, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) não considerou o evento suficientemente grave para configurar abuso. Contudo, o TSE reavaliou a situação, destacando que a diferença entre os candidatos foi de apenas 3.417 votos.
Além dos três condenados, Aldemir Ulrich (MDB), vice na chapa de Mantei, e o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), também participaram do evento, mas não foram incluídos na decisão de inelegibilidade.
A defesa de Hang emitiu uma nota informando que irá recorrer da decisão e criticou o julgamento que ignorou decisões anteriores que asseguravam seu direito à manifestação política. O advogado de Mantei também anunciou a intenção de recorrer. Vicini não fez declaração.
Vale ressaltar que Luciano Hang já foi anteriormente condenado em abril por assédio eleitoral durante uma campanha em apoio a Jair Bolsonaro e está recorrendo da sentença.
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