BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realiza, na manhã desta quinta-feira (19), uma nova tomografia após os dois procedimentos que fez na semana passada devido a um sangramento interno na cabeça. Ele passa as próximas horas no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e um boletim médico deve ser divulgado.
A expectativa é que, caso os resultados estejam dentro do esperado por sua equipe médica, ele seja liberado para retomar a rotina de trabalho em Brasília, o que pode acontecer ainda nesta quinta-feira. Viagens longas, como as internacionais, estão vetadas pelas próximas semanas.
Ainda está sob análise a participação do presidente no Natal dos catadores, ao qual ele comparece anualmente desde 2003. O evento, em São Paulo, está marcado para terminar nesta sexta-feira.
Caso seja confirmado o retorno à capital federal, Lula deve comandar na tarde desta sexta-feira (20) uma reunião ministerial de fim de ano, no Palácio da Alvorada, sua residência oficial. Devido à recuperação do presidente, o evento teve de ser adaptado e será menos formal, em formato mais semelhante a uma “confraternização”.
Além disso, nas próximas semanas, há uma expectativa de que o petista utilize com mais frequência o Alvorada para despachos e reuniões. Ministros já defenderam que ele reduza sua carga de trabalho devido à idade avançada e aos últimos problemas de saúde
Entenda
Lula procurou atendimento médico na noite do dia 9 de dezembro, depois de passar o dia indisposto e sentir dor de cabeça. Uma ressonância magnética realizada no Hospital Sírio-Libanês mostrou uma hemorragia intracraniana, consequência da queda que o presidente sofreu no Palácio da Alvorada em 19 de outubro.
Ele foi transferido para o Sírio-Libanês em São Paulo e, na madrugada do dia 10/12, passou por uma cirurgia para drenar o hematoma intracraniano. A intervenção é chamada de trepanação, que consiste no acesso à parte cerebral por meio de uma perfuração no crânio.
A cirurgia não teve intercorrências, mas Lula seguiu monitorado na UTI. Na quinta-feira (12), os médicos fizeram um procedimento complementar para evitar novos sangramentos.
A segunda intervenção foi uma embolização de artéria meníngea média, adotada para interromper o fluxo de sangue em uma região e faz parte do protocolo de atendimento em casos semelhantes ao do presidente. No mesmo dia, ele teve retirado o dreno intracraniano colocado na primeira cirurgia.
Na sexta-feira (13), Lula passou a ser monitorado de forma menos rígida, quando deixou a UTI. Dessa forma, o monitoramento ao presidente, com o uso de aparelhos, dreno e medições, passou a ser realizado em intervalos, e não mais de forma permanente.
Ao longo das atualizações médicas, foi informado que Lula estava “neurologicamente perfeito”, “cognitivamente bem” e “apto a exercer qualquer tipo de trabalho”. Ainda, que o presidente não teria sequelas.
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