(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press)
Depois de passar sete temporadas no futebol internacional, o zagueiro Lyanco se readaptou ao Brasil sob o comando do argentino Gabriel Milito, no Atltico, a partir da metade de 2024. Em entrevista exclusiva ao No Ataque, o jogador revelou ter enfrentado dificuldade durante o perodo em que foi comandado pelo profissional no Galo, mas exaltou o trabalho do treinador: “Entendia muito”.
Lyanco foi contratado pelo Atltico em julho de 2024, junto ao Southampton, da Inglaterra, em operao de quase R$ 30 milhes. Na primeira temporada no retorno terra natal, o defensor disputou 24 jogos – 23 deles sob o comando de Milito, e a maioria como uma espcie de terceiro zagueiro pela direita.
“Quando eu cheguei, tive que me adaptar forma de jogar no Brasil, forma de jogar que o treinador pedia. As oportunidades que eu tive ali na Libertadores Meu primeiro jogo como titular com ele foi pela Libertadores, contra o Fluminense. A gente tinha que ganhar em casa, ganhamos de 2 a 0”, iniciou Lyanco ao NA.
“Eu fui como lateral-direito mesmo. Para ele mesmo, eu j tinha deixado claro: P, quero jogar, quero ajudar. Mas no a minha. No era ali que eu queria (risos). Mas eu queria jogar, tinha acabado de chegar. Precisava de ritmo, precisava jogar. Quis ajudar, e eu fui conseguindo isso”, prosseguiu.
Vdeo: Lyanco fala sobre Milito
Lyanco teve de adaptar o estilo de jogo para se encaixar melhor na funo requisitada pelo argentino. O srvio-brasileiro enfrentou dificuldades de adaptao, mas elogiou o dia a dia de Milito na Cidade do Galo.
“No era minha posio, no era minha forma de acostumar a jogar. Posies de corpo, posicionamento, tudo isso muda muito. muito diferente. s vezes, na minha posio, voc pega o cara mais 9, aquele cara que gosta mais do corpo, que s gira para finalizar. Eu de lateral estava pegando os pontinhas mais rpidos dos times. So coisas diferentes. Voc tem que viver o jogo ali”, analisou.
“Conseguimos ir bem. Nem deu meu primeiro ano ainda no clube. (…) Esse perodo Milito que eu tive, para mim, foi muito bom. At como trabalhar com ele mesmo, assim. Um cara que todo mundo gostava aqui. Entendia muito. Dava para entender o que ele pedia”, continuou.
A reta final de Milito pelo Atltico foi melanclica. O argentino se despediu do Galo aps perder as finais da Copa do Brasil e da Copa Libertadores, com o time alvinegro brigando contra o rebaixamento Srie B do Campeonato Brasileiro.
“Eu acho que, no incio, ele chegou forte aqui nos jogos e tudo. Depois, acho que os outros times foram pegando o jeito de como ele gostava de jogar. Eu acho que foi batendo de frente. No peguei esse incio. J peguei essa reta final”, relembrou Lyanco.
“Mas um treinador que consegue chegar em uma final de Copa do Brasil, final de Libertadores, acho que no tem muito o que falar tambm. Lgico que devem ter acontecido erros antes de eu chegar, como aconteceram alguns. Escolhas ou algo que ele poderia ter feito de diferente, mas acho que no tem como falar de um cara que conseguiu levar um clube em duas finais de campeonatos muito importantes”, seguiu.
“Dele (Milito) eu no tenho o que falar. Trabalhei pouco, mas o que eu trabalhei deu para ver o quanto o cara era profissional. Como eu falei: chegar em duas finais importantes assim, acho que no tem muito o que falar dele”, elogiou Lyanco.

Gabriel Milito no Atltico
Ao todo, Gabriel Milito comandou o Atltico em 62 jogos, com 23 vitrias, 20 empates e 19 derrotas (47,8% de aproveitamento). Entre altos e baixos, o argentino levou o Galo aos vice-campeonatos da Copa do Brasil e da Copa Libertadores em 2024, mas deixou o clube em briga contra o rebaixamento Srie B.
O trabalho de Milito em Belo Horizonte “perdeu flego” na reta final. Foram 12 jogos sem vitrias em meio ao perodo que englobou as decises nos mata-matas, com oito derrotas e quatro empates neste recorte.
Atualmente, o argentino comanda o Chivas Guadalajara, do Mxico. A estreia de Milito no novo clube ocorrer em 19 de julho, a partir das 22h (de Braslia), contra o Len, pelo Campeonato Mexicano.
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