Em um pronunciamento no Plenário na terça-feira (25), o senador Marcos Pontes (PL-SP) manifestou sua crítica ao apoio do governo Lula à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 8/2025, que altera a escala de trabalho de 6×1 para 4×3. Ele considerou esse respaldo uma demonstração do “evidente desespero” da administração diante da crescente queda de popularidade.
Pontes mencionou que, até recentemente, o Ministério do Trabalho se posicionava de forma contrária, afirmando que a definição da jornada de trabalho deveria ser feita por acordos coletivos, mas a situação mudou. Ele questionou o impacto da PEC, levantando diversas incertezas:
- Quais os efeitos nos pequenos negócios, que representam mais de 50% dos empregos formais?
- Como se darão os aumentos de custos para as empresas e como isso será repassado ao consumidor?
- Com a alta taxa de informalidade, como garantir que essa mudança não a exacerbada, especialmente nas regiões mais afetadas?
- Quantos empregos serão gerados ou destruídos?
- Haverá programas de qualificação para os trabalhadores afetados?
- Qual será o impacto nos serviços públicos e na carga tributária?
“GUINADA OPORTUNISTA”
O senador também criticou as medidas do governo quanto à inflação, que, segundo ele, representam uma “clara guinada oportunista”. Pontes apontou o recente aumento no preço dos ovos como evidência dessa estratégia, que visa culpar “atravessadores” e desviar a atenção das verdadeiras causas dos problemas econômicos.
Citando ainda a proposta de isentar do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês, ele considerou que essa iniciativa, embora popular, ignora as limitações fiscais do Brasil e mostra a tendência do governo de subestimar despesas. “É preciso pensar de forma sistêmica no país”, concluiu.
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