O médico Ezio Guilherme da Silva, reconhecido na política de Coronel Fabriciano, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por associação criminosa e incitação ao crime, relacionados aos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
A condenação, conforme informações do Diário do Aço, foi decidida em sessão virtual do STF realizada entre 9 e 13 de dezembro de 2024, resultando em uma pena de um ano de reclusão, a qual foi substituída por medidas alternativas.
As punições incluem: 225 horas de serviços comunitários, obrigatoriedade de frequentar um curso presencial sobre democracia e Estado de Direito, além de restrições como a proibição de abandonar a comarca e de utilizar redes sociais até a conclusão da pena.
O médico também teve seu passaporte suspenso e seus registros de porte de arma revogados. Ele será responsável pelo pagamento de 20 dias-multa, cada um equivalente a meio salário mínimo vigente à época dos fatos, além de R$ 5 milhões em danos morais coletivos, valor destinado ao fundo previsto na Lei 7.347/1985.
Histórico Político
Ezio Guilherme da Silva tem uma trajetória de candidaturas em eleições municipais em Coronel Fabriciano. Em 2016, foi candidato a vice-prefeito na chapa de Celinho do Sinttrocel (PCdoB), obtendo 12.840 votos, correspondendo a 22,15% dos votos válidos e ficando em terceiro lugar.
No ano de 2020, concorreu ao cargo de prefeito pelo partido Patriota, recebendo 392 votos, o que representou apenas 0,71% dos votos válidos. Em 2024, se lançou para a Câmara Municipal pelo Progressistas (PP), utilizando o número 11000, e obteve 239 votos.
Nascido em 25 de junho de 1963, em Coronel Fabriciano, Ezio é médico, possui ensino superior completo e declarou um patrimônio de R$ 2.552.000,00. Apesar de sua experiência política, nunca conseguiu uma vitória nas urnas.
A execução da pena será monitorada pelo juízo competente, podendo haver conversão para pena privativa de liberdade em caso de descumprimento injustificado.
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