O governo mexicano anunciou que passará a exigir rastreamento detalhado de cada boi ou peça de carne que entra no país, como parte de suas medidas de controle sanitário. Essa decisão impacta diretamente a relação Comercial com os produtores brasileiros, já que o México é o terceiro maior comprador de carne do Brasil, atrás apenas da China e dos Estados Unidos.
Conforme informações obtidas, a resolução foi tomada na semana passada e suspendeu a realização de uma auditoria planificada nos frigoríficos brasileiros, prevista para setembro, em razão da nova exigência. No entanto, o México prorrogou a validade das habilitações atuais até 15 de janeiro de 2026 para facilitar a adaptação das indústrias brasileiras às novas regras.
As novas condições de habilitação dos frigoríficos se dividem em três grupos:
- Frigoríficos habilitados que cumprirem os requisitos poderão ser auditados para renovação;
- Frigoríficos não habilitados, mas que atendem aos novos critérios, poderão solicitar habilitação;
- Frigoríficos habilitados que não cumprirem as novas exigências perderão a habilitação.
A mudança, que acompanha a regulamentação da União Europeia sobre desmatamento, busca garantir não apenas a segurança alimentar, mas também contribuir para a redução do desmatamento associado às matérias-primas agrícolas.
No último mês, o México importou cerca de 11 mil toneladas de carne bovina brasileira, gastando aproximadamente US$ 62 milhões, um aumento de 9% em relação ao mês anterior. O Brasil, conhecido como o segundo maior produtor mundial de carne bovina e líder em exportações, registrou vendas internacionais de 2,9 milhões de toneladas em 2022, com receitas de US$ 12,9 bilhões.
Com a recente declaração da OMS de que o Brasil está livre de febre aftosa sem vacinação, o país está pleiteando reconhecimento similar da China para aumentar suas exportações. No entanto, a indústria de aves ainda enfrenta restrições devido à gripe aviária.
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