Após a conturbada partida de Copa Libertadores entre Talleres e São Paulo, o lateral-esquerdo Miguel Navarro revelou ter sido alvo de um insulto xenofóbico por parte do volante paraguaio Bobadilla. O incidente ocorreu durante o confronto realizado no Morumbi, onde o time paulista venceu por 2 a 1.
Navarro relatou: “Quando o São Paulo fez 2 a 1, pedi ao árbitro para que o jogo recomeçasse logo, pois o Luciano demorava na comemoração e precisávamos jogar”. O atleta comentou ainda sobre a provocação de Bobadilla: “Ele me chamou de ‘venezuelano morto de fome’ após eu responder sobre ‘fazer cera’.”
A ofensa remete à delicada condição enfrentada por muitos venezuelanos, que nos últimos anos foram obrigados a deixar o país em busca de melhores condições de vida. Visivelmente emocionado, Navarro ainda expressou sua vontade de deixar o campo naquele momento, mas foi impedido devido à impossibilidade de substituições.
“Quis sair, mas não tínhamos mais substituições. Fiz isso por respeito ao trabalho dos meus companheiros”, afirmou o lateral. Ele ainda deixou claro a sua indignação: “Que a Justiça seja feita. É lamentável que, após um jogo, o que deve ser discutido sejam incidentes como esse, e não o futebol em si”.
Após o incidente, Navarro prestou depoimento no Juizado Especial Criminal (Jecrim), enquanto Bobadilla deverá também prestar esclarecimentos às autoridades em breve.
TALLERES SE MANIFESTA
O clube Talleres se posicionou oficialmente, repudiando o ato de xenofobia sofrido por Navarro. Em nota, o clube afirma: “Não há lugar para o ódio no futebol. Apoiamos Miguel e sua família neste momento difícil e reafirmamos nosso compromisso com a dignidade e o respeito”. A instituição enfatizou a importância da integração e cultural que o esporte deve promover.
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