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Minas Gerais inicia ações para proteção do Surubim do Rio Doce, espécie ameaçada de extinção

Minas Gerais inicia ações para proteção do Surubim do Rio Doce, espécie ameaçada de extinção

REDAÇÃO – O Plano de Ação Territorial para conservação de espécies ameaçadas de extinção (PAT) Espinhaço Mineiro iniciou as atividades voltadas à conservação do Surubim do Doce (Steindachneridion doceanum), espécie endêmica do rio Doce e criticamente ameaçada de extinção. A espécie era bastante comum na calha do Rio Doce, mas tornou-se rara por sobrepesca e por alteração de habitat. Ela vive em locais de pedra e em trechos do rio com forte correnteza.

As atividades estão sendo desenvolvidas em parceria com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica de Belo Horizonte (FPMZB) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV). O projeto conta ainda com a consultoria especializada Doceana para os levantamentos de dados, estudos e trabalhos de campo, ações de mobilização, entre outros.

Entre as ações previstas no PAT para conservação da espécie estão a realização de estudo da primeira fase do ciclo de vida e estimativa do tamanho populacional do surubim no Rio Doce e seus afluentes, e o desenvolvimento de diretrizes e desenho de métodos de manejo para reduzir o impacto da pesca sobre as populações desse peixe em trecho do Rio Doce definido como prioritário. As ações também se propõem a criar protocolos para manutenção e criação ex situ (fora do ambiente natural) da espécie, fornecendo subsídios para uma possível reintrodução em seu ambiente natural, particularmente nos locais onde a espécie ocorria no passado.

O primeiro resultado, um dos mais relevantes, já ocorreu na semana de 29 de março e 2 de abril, com a coleta de três exemplares do Surubim no Rio Piranga. Após triagem em campo, que envolve coleta, medição e pesagem dos animais, os indivíduos foram devidamente transportados para o Zoológico de Belo Horizonte, onde foram recebidos com todos os cuidados pela equipe de biólogos e tratadores do Aquário. Lá, eles iniciaram o período de quarentena, sob os olhares dos veterinários, para se adaptar ao novo ambiente.

“Esse é o primeiro passo para os trabalhos de manutenção, conservação e reprodução ex situ (fora do ambiente natural) da espécie”, observa a analista ambiental Janaina Aguiar, que integra a equipe do IEF no projeto.

Programa

O PAT faz parte do “Projeto Pró-Espécies: Estratégia Nacional para conservação de espécies e ameaçadas de extinção”, e tem um olhar especial para aquelas espécies que estão em alto risco, classificadas como Criticamente em Perigo (CR) e que ainda não foram contempladas em um instrumento de proteção. O programa é coordenado em Minas pelo Instituto Estadual de Florestas.

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Confira a matéria completa em: www.jornalbairrosnet.com.br

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