O Ministério Público de Minas Gerais notificou três vereadores da Câmara Municipal de Timóteo para prestarem esclarecimentos sobre uma suposta manobra política relacionada ao afastamento do vereador Fabiano Ferreira (Republicanos). A investigação, que é parte do Inquérito Civil nº 02.16.0687.0191231.2025-27, levanta preocupações acerca do uso estratégico do afastamento para garantir vantagens pessoais ao suplente Cabo Isac, atual assessor adjunto de relações institucionais da prefeitura.
A promotora Bruna Bodoni Faccioli, da 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Timóteo, assinou a notificação enviada aos vereadores Dr. Lair Bueno, Pastora Sônia Andrade e Marcos Fernandes, que devem comparecer ao Ministério Público no próximo dia 18, às 15h, na condição de testemunhas.
O foco da investigação é o afastamento de Fabiano Ferreira por motivos de saúde, anunciado em fevereiro, que possibilitou a posse de seu suplente imediato, Cabo Isac. Segundo a promotoria, essa mudança pode ter sido parte de um arranjo com vista a garantir a aposentadoria do militar,uma vez que o ato de se afastar do cargo para assumir um cargo público ativa um processo automático de inativação na Polícia Militar.
Essa situação gera questionamentos sobre o uso indevido do mandato parlamentar para beneficiar um correligionário com aposentadoria antecipada. Embora a convocação do suplente tenha seguido o rito regimental, os indícios levantados pelo MP sugerem que o pedido de afastamento pode ter sido mais do que uma simples necessidade de tratamento de saúde; pode ser parte de um plano político pessoal.
Se confirmado, o uso de cargos públicos para fins previdenciários particulares não apenas fere os princípios da moralidade e da impessoalidade, mas também fragiliza a confiança da população nas instituições democráticas.
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