O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu nesta sexta-feira (20) seu voto pela condenação de Diego Dias Ventura a 14 anos de prisão, devido à sua participação nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023.
O voto foi apresentado durante o julgamento virtual da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Diego, que é acusado de ser um dos líderes do acampamento golpista montado em frente ao quartel do Exército, em Brasília. De acordo com Moraes, Diego coordenou a logística do acampamento e participou dos atos na Praça dos Três Poderes.
Além da pena de prisão, o ministro determinou que o acusado deve pagar R$ 30 milhões por danos causados pela depredação, quantia que será dividida com os outros condenados pelas invasões.
“O réu Diego Dias Ventura, após regular investigação, teve seu aparelho celular apreendido, sendo possível extrair conteúdos de mensagens e áudios compartilhados em diversos grupos de WhatsApp, nos quais atuava na coordenação da logística do acampamento instalado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, promovia arrecadação de recursos financeiros e articulava ações entre os participantes”, destacou o ministro.
Em 2023, Diego foi preso, mas conseguiu o direito de responder ao processo em liberdade. A votação no plenário virtual da Primeira Turma do STF prosseguirá até segunda-feira (30), e ainda faltam os votos dos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin.
Em sua defesa, os advogados de Diego Ventura argumentaram pela absolvição, alegando falta de provas, sustentando que o acusado participou de uma “manifestação pacífica em Brasília” e não tinha ligação com atos de violência realizados por terceiros.
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