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Não foi briga de trânsito: foi crime passional

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11 de julho, de 2024 | 13:02

Não foi briga de trânsito: foi crime passional

Wellington Fred + reprodução
Amós Celestino da Silva, de 30 anos foi perseguido e assassinado a tiros na noite de quarta-feira Amós Celestino da Silva, de 30 anos foi perseguido e assassinado a tiros na noite de quarta-feira

O homicídio da noite de quarta-feira (10), quando o gesseiro Amós Celestino da Silva, de 30 anos, foi assassinado a tiros no bairro Cidade Nobre em Ipatinga, não teve relação com uma briga de trânsito. Foi um crime passional, planejado e teve como motivação o fato de o autor confesso do homicídio desconfiar que a sua esposa teve um caso com a vítima. A informação foi confirmada pela Polícia Militar na manhã desta quinta-feira (11), em entrevista à imprensa.

Ainda na noite de quarta-feira, conhecidos da vítima informaram à reportagem do Diário do Aço que o marido de uma mulher era o suspeito da morte do gesseiro.

Os assassinos confessos foram presos em um hotel em Guanhães, no fim da noite de quarta-feira, conforme noticiado mais cedo pelo jornal. Além da Perícia da Polícia Civil, também uma equipe da Delegacia de Homicídios acompanhou os trabalhos no local do crime.

Fernando Carvalho de Lima, de 40 anos, confessou ter efetuado seis tiros contra o desafeto. Inicialmente disse que foi briga de trânsito, por ter sido fechado pelo carro da vítima. Depois, confessou a real motivação. Juliano Rodrigues da Silva, de 35 anos, conduzia a motocicleta em Ipatinga e o acompanhou na fuga até Guanhães.

O carro usado para fugir em direção a Guanhães, uma Toyota SW4, a moto usada em Ipatinga e uma pistola calibre 380, registrada em nome da mulher do assassino e três telefones celulares também foram apreendidos. Acompanhe a entrevista com o tenente PM, Valdeci Junior.

Troca de veículo
Os dois envolvidos no homicídio fugiram da cena do crime em uma Honda Biz, guardaram o veículo coberto com um pano dentro de uma garagem no Vila Celeste e fugiram em uma Toyota SW4, equipada com bagagem de viagem, alimentos e produtos de higiene pessoal. Eles foram descobertos por uma equipe da Polícia Militar de Guanhães, que foi alertada pelo 14º BPM que a dupla tinha saído em fuga sentido àquela cidade. O hotel em que estavam, em Guanhães, tinha sido reservado antecipadamente, por telefone, com o proprietário.

Apreensões
Foram recolhidos com os investigados três telefones celulares, uma máquina de cartão bancário, vários objetos de uso pessoal, documentos, cartões e dinheiro.

Confissão
Um dos presos, Fernando Carvalho de Lima, de 40 anos, confessou ter efetuado seis disparos contra um homem em Ipatinga. Inicialmente ele manteve a versão de um desentendimento no trânsito, mas depois confessou o real motivo. Acreditava que o gesseiro e sua mulher tinham um caso. Juliano Rodrigues da Silva, de 35 anos, que acompanhava Fernando, também foi preso. Fernando tem passagens por porte ilegal de arma de fogo e violência doméstica. Inclusive, em abril, por causa de uma ameaça à esposa, a arma chegou a ser apreendida. Como está legalizada, foi devolvida à mulher.

O crime
O homicídio foi praticado por volta de 18h de quarta-feira, na avenida Carlos Chagas, bairro Cidade Nobre, em Ipatinga, onde foi assassinado Amós Celestino da Silva, de 30 anos. Minutos antes, um dos autores embarcou no carro da vítima. “Aguardaram a vítima em um local que costumeiramente a vítima passa com seu veículo e um deles (Fernando) entrou. O condutor começou a acelerar o carro e, no trajeto, chegou a atropelar um pedestre, que foi socorrido pelo Samu. Na rotatória, Amós parou o carro, desceu correndo e tentou se refugiar em uma empresa de máquinas de costura, sendo perseguido pelo autor, que desceu do carro e foi atrás”, informou o tenente PM Valdeci de Souza Junior.

Um funcionário informou que trabalhava nos fundos do estabelecimento quando o homem chegou correndo, pediu por socorro e se escondeu em um cômodo. Em seguida entraram dois indivíduos. Um deles ficou na porta e o outro foi ao local onde a vítima estava e efetuou vários disparos. Enquanto fugia, o homem que atirou jogou um telefone no chão, que foi recolhido e entregue à polícia.

Antes do crime, Amós passou o dia fazendo um serviço na cidade de Ipaba e, ao retornar com seu patrão, embarcou em seu veículo Fiat Uno Mille que estava estacionado próximo à Escola Municipal Artur Bernardes, no bairro Canaã e se dirigia para casa, quando foi abordado e assassinado. Ele era morador do bairro Limoeiro, sem passagens pela polícia, trabalhava como gesseiro e às vezes fazia um extra como frentista. Amós deixou esposa e três filhos.

Estatística
Amós é a 31ª pessoa assassinada este ano em Ipatinga. No mesmo período do ano passado foram anotados 15 homicídios. Os números constam no banco de dados do jornal Diário do Aço sobre crimes contra a vida.

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Confira a matéria completa em: diariodoaco.com.br

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