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No mês de março, 344 pessoas foram demitidas na RMVA

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03 de maio, de 2024 | 08:00

No mês de março, 344 pessoas foram demitidas na RMVA

Arquivo DA
O cenário é diferente do mesmo período de 2023, quando a região gerou 1.638 novas vagas O cenário é diferente do mesmo período de 2023, quando a região gerou 1.638 novas vagas

Por Isabelly Quintão – Repórter Diário do Aço
Confirmando o cenário de dificuldades de geração de vagas formais de trabalho, 344 empregados foram demitidos na Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) no mês de março. As informações foram apuradas pela reportagem do Diário do Aço junto ao coordenador estatístico e de pesquisa do Observatório das Metropolizações Vale do Aço do IFMG de Ipatinga, o geógrafo William Passos, conforme análise de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do Ministério do Trabalho e Emprego.

Os números estão na direção oposta do mesmo período do ano que passou, quando a região gerou 1.638 novas vagas de emprego com carteira assinada. Em março de 2023, o estado de Minas Gerais gerou 40,8 mil empregos de postos de trabalho formais, enquanto o Brasil formalizou 244,3 mil novas assinaturas em carteira. No caso do país, houve um aumento de 25,7% em relação a março de 2023. Em direção contrária, neste ano, até o momento, a economia metropolitana do Vale do Aço perdeu 358 contratos trabalhistas formais.

Setores

No município de Ipatinga, os setores de serviços e comércio foram os que mais criaram vagas formais. Por outro lado, a indústria e o setor da construção ipatinguense geraram saldos negativos superiores, puxando o resultado negativo da economia metropolitana.

Desempenho negativo
Para o coordenador do levantamento, William Passos, o desempenho negativo da geração do emprego formal na região é explicado pela conjuntura de desaceleração na contratação do parque industrial metalomecânico regional.

“O emprego no Vale do Aço é muito dependente da indústria de Ipatinga, particularmente do setor metalomecânico, que transforma o minério de ferro produzido nas proximidades de Belo Horizonte e que chega de trem à região.

Entretanto, o aço chinês mergulhou a indústria siderúrgica da América Latina em uma enorme crise”, pontuou.

William ainda relatou que de acordo com números da Associação Mundial do Aço, entre 2000 e 2023, a China aumentou a produção de aço em quase 700%, passando de 15% da produção do aço mundial para cerca de 54%.

“Isso ‘inundou’ a América Latina e o Brasil com o aço barato chinês, fazendo com que a indústria brasileira não conseguisse competir com as importações do país asiático. Naturalmente, cortou empregos e investimentos, ajudando a explicar as dificuldades de geração de vagas trabalhistas formais em regiões que dependem deste tipo de indústria, como o Vale do Aço”, detalhou.

Ele ainda destacou que o emprego em Ipatinga e em todo o Vale do Aço refletem “uma realidade nacional de um setor industrial especializado que, por sua vez, tem sua origem explicativa na conjuntura internacional”.

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Confira a matéria completa em: www.diariodoaco.com.br

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