Com o crescimento expressivo das apostas esportivas, conhecidas como bets, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), em colaboração com o Instituto de Defesa do Consumidor do Rio de Janeiro (Procon-RJ), elaborou uma nota técnica conjunta.
Essa nota visa orientar a atuação dos órgãos de defesa do consumidor, ao fortalecer a fiscalização, responsabilizar os agentes do mercado e proteger os cidadãos. O documento analisa os impactos das práticas de consumo associadas às apostas, com ênfase na publicidade, transparência das informações e no dever de cuidado, especialmente com os consumidores mais vulneráveis.
Entre os principais pontos abordados, destacam-se:
- Publicidade agressiva;
- Divulgação de ganhos fáceis;
- Omissão de riscos;
- Falta de informações claras;
- Práticas que podem induzir as pessoas ao erro.
A nota é especialmente preocupada com jovens, pessoas endividadas ou indivíduos propensos a desenvolver comportamentos compulsivos. Também é ressaltada a importância do papel dos influenciadores digitais, que ao promover essas plataformas, devem observar o que determina o Código de Defesa do Consumidor (CDC). A responsabilidade solidária pode ser aplicada em casos de omissão de informações essenciais ou indução ao erro.
Regulação e Direitos dos Consumidores
A nota técnica não aborda questões regulatórias, que são de competência das autoridades responsáveis, mas reitera que os direitos dos consumidores são aplicáveis a todas as relações de consumo, incluindo as apostas de cota fixa.
As recomendações da nota incluem:
- Transparência nas informações, especialmente sobre os riscos das apostas e as chances reais de ganhar;
- Publicidade responsável, evitando explorar a inexperiência ou vulnerabilidade dos consumidores;
- Responsabilidade dos fornecedores e agentes na cadeia de consumo;
- Fortalecimento da fiscalização conjunta dos Procons e Ministério Público.
Recomendações aos Órgãos de Defesa do Consumidor
- Atuação coordenada no monitoramento das práticas comerciais do setor;
- Campanhas de educação e conscientização sobre os riscos associados;
- Criação de canais específicos para reclamações e denúncias;
- Responsabilização de fornecedores e influenciadores que desrespeitem as normas de proteção ao consumidor.
Confira a matéria completa em: maisvip.com.br