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Nove meses depois de sofrer ataque com ácido, jovem de Ipatinga ainda luta pela recuperação

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02 de junho, de 2024 | 12:17

Nove meses depois de sofrer ataque com ácido, jovem de Ipatinga ainda luta pela recuperação

Um jovem de 23 anos luta para recuperar a visão prejudicada por um ataque de ácido ocorrido em 2 de setembro de 2023, no bairro Canaã, em Ipatinga. A substância causou lesões graves na face e no pescoço do jovem e, desde então, ele tem evitado se expor ao público. Na semana que passou, a vítima procurou a reportagem do Diário do Aço, para reclamar da morosidade da justiça.

Reprodução de vídeo
As câmeras de segurança da rua registraram o momento em que o suspeito aparece carregando uma sacolaAs câmeras de segurança da rua registraram o momento em que o suspeito aparece carregando uma sacola

Conforme noticiado pelo Diário do Aço na ocasião, o jovem, que prefere não se identificar, estava na companhia de um amigo na porta de sua casa, quando foi atacado por um terceiro homem que se aproximou e jogou uma substância em seu rosto, uma espécie de ácido, que causou fortes queimaduras em seu rosto.

No dia do crime, a vítima conta que tinha combinado de sair com um amigo. Este amigo foi até a sua casa para buscá-lo, porém, antes de saírem, o amigo pediu um tempo para conferir a água do motor do carro e, enquanto isso, o jovem aproveitou-se para trocar de roupa.

Ao olhar pela janela do apartamento, no segundo andar, para conferir se o amigo já tinha terminado de preparar o automóvel, ele conta que avistou o agressor próximo ao carro, porém não desconfiou de suas intenções.

Após descer as escadas deparou-se com o suspeito dizendo que precisava lhe entregar alguma coisa. Ao questionar sobre o conteúdo do pacote, o homem arremessou uma substância em seu rosto. Neste momento o jovem conta que saiu correndo pela vizinhança em busca de socorro, porém segundo a vítima, os moradores locais se recusaram a ajudar prontamente.

“Eu procurei ajuda com os meus vizinhos, mas ninguém quis me socorrer, ninguém quis chamar o Samu, ficaram só filmando e falando. Eu pedia para jogarem água no meu rosto, para tirar o produto que me queimava e ninguém fez isso”, lamenta.

O socorro só foi possível quando o amigo, presente no momento do ataque o colocou no carro e o levou para a UPA no bairro Canaã, em Ipatinga.

Diante da gravidade do ferimento, a vítima foi transferida para o Hospital Márcio Cunha (HMC). O jovem atingido nega ter qualquer relacionamento com este amigo, informação relatada de forma equivocada no boletim de ocorrência da época, ao qual ele teve acesso.

Cicatrizes
A substância que atingiu o rosto da vítima também escorreu para o pescoço provocando queimaduras. O jovem necessita de cirurgia plástica no rosto e no pescoço.

A substância, também danificou sua visão e ele não enxerga do olho esquerdo e teve a visão do olho direito comprometida. Atualmente o jovem passa por tratamento em Belo Horizonte, na tentativa de voltar a ter uma rotina normal.

“Eu não trabalho, não enxergo direito e não saio na rua por causa da minha aparência. Estou no setor de córnea, faço tratamento com a esperança de voltar a enxergar do meu olho esquerdo, e se Deus quiser eu vou voltar, eu tenho fé”, mencionou.

Revolta com a morosidade

A vítima afirma nunca ter visto o agressor antes e que não tinha nenhuma desavença com ninguém e, por isso, não entende o que teria motivado o crime. Ele acredita ter alguém por trás do atentado.

“Eu nunca vi esse homem antes. É uma coisa que martela na minha cabeça: Por que ele fez isso? Me dói muito, porque eu sempre fui um menino bom, não tenho problema com ninguém e esse atentado mexeu com muito com a minha autoestima, eu espero que encontrem essa pessoa e tudo se esclareça e seja feita a justiça”, declarou.

O que diz a Polícia Civil?

A vítima manifesta também uma sensação de impunidade em relação aos responsáveis pelo atentado e a demora na prisão do agressor. Procurada pela reportagem do Diário do Aço, a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil de Minas Gerais informou que o inquérito policial foi concluído e remetido à Justiça Pública em 15/5/24, com o indiciamento de uma pessoa como mandante do crime de lesão corporal gravíssima. Nomes não foram citados pela assessoria e o caso agora depende de manifestação do Ministério Público de Minas Gerais.

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Confira a matéria completa em: diariodoaco.com.br

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