A revogação do decreto que elevava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) trouxe uma nova dinâmica para as alíquotas, representando a terceira alteração em menos de um mês. As taxas que estavam em vigor até 22 de maio, quando o Ministério da Fazenda fez os ajustes, foram restauradas.
Essa revogação impacta diretamente a arrecadação do governo, com uma projeção de perda de R$ 12 bilhões para 2025, conforme dados da Receita Federal. No entanto, para os consumidores, as novas alíquotas oferecem alívio financeiro, especialmente sobre operações de câmbio, empréstimos empresariais e na previdência privada do tipo Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).
As modalidades de IOF que não foram afetadas pelo decreto incluem as movimentações de crédito para pessoas físicas e operações via Pix, além de categorias isentas.
ALTERAÇÕES NO IOF PARA VIAGENS E CÂMBIO
Antes: A unificação do IOF sobre operações de câmbio estava em 3,5%. Essa alíquota incidia sobre:
- Operações de câmbio com cartões de crédito/débito internacionais, compra de moeda, cartões pré-pagos internacionais e cheques de viagem;
- Empréstimos externos com prazo inferior a 365 dias;
- Operações não especificadas: 0,38% na entrada e 3,5% na saída;
- Isenção para investimentos estrangeiros diretos que geram emprego.
Agora: As alíquotas retornaram a:
- 1,1% para compras de moeda;
- 3,38% em cartões de crédito/débito;
- 0,38% para operações não especificadas, cobradas apenas uma vez;
- Empréstimos de curto prazo e remessas para o exterior voltam a ter alíquota de 1,1%.
IMPACTOS NO CRÉDITO EMPRESARIAL
Antes: O crédito para empresas passou a ter um teto de 3,38% de IOF ao ano, enquanto para empresas do Simples Nacional o valor havia subido para 1,95%.
Agora: O teto voltou a ser 1,88% para empresas em geral e 0,88% para as do Simples Nacional. Além disso, a operação de risco sacado foi isenta novamente.
MUDANÇAS NA PREVIDÊNCIA VGBL
Antes: Havia isenção apenas para aportes anuais de até R$ 300 mil, e 5% sobre valores acima desse limite.
Agora: A alíquota foi reduzida para zero em aportes mensais de qualquer valor.
OUTRAS MEDIDAS EM ANDAMENTO
No começo de junho, o governo anunciou uma medida provisória que, embora não trate do IOF, aumenta tributos sobre as apostas e fintechs. Se aprovada, a contribuição das bets pode subir de 12% para 18% e as fintechs de 9% para 15%.
Além disso, o Imposto de Renda para as faixas mais altas está previsto para aumentar em 2026, afetando também a isenção de títulos privados e juros sobre capital próprio.
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