A série Adolescência, disponível na Netflix, tem atraído a atenção do público ao abordar temas como a masculinidade tóxica, a violência online e o universo dos incels. Criada a partir de um caso real, a trama se concentra em como essas questões impactam a vida dos jovens.
O termo incel, que surge nos anos 90, é um acrônimo para “celibatários involuntários” e se refere a pessoas que se consideram incapazes de formar relacionamentos românticos ou ter uma vida sexual ativa, muitas vezes por acreditarem não possuir características atraentes.
De acordo com a Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, os incels frequentemente enfrentam altos níveis de rejeição romântica, resultando em problemas como depressão, ansiedade e solidão.
Nas discussões em fóruns online, muitos incels propagam a ideia de que as mulheres lhes negam afeto, adotando discursos misóginos que as apresentam como interesseiras e manipuladoras. Essa situação se torna alarmante, pois sua insatisfação frequentemente é usada para justificar atos de violência.
A série, que se tornou o programa mais assistido da Netflix na última semana e alcançou o primeiro lugar em 71 países, inclusive no Brasil, foi inspirada por uma crescente onda de crimes cometidos por adolescentes no Reino Unido. Os criadores, Stephen Graham e Jack Thorne, buscam provocar uma reflexão sobre como os jovens são influenciados pelo ambiente ao seu redor.
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