Na última terça-feira (24), onze pessoas foram presas em uma operação que desarticulou uma quadrilha envolvida em tentativas de desvio de salários de jogadores de futebol, incluindo o atacante Gabigol, do Cruzeiro, e o zagueiro argentino Walter Kannemann, do Grêmio. A ação, chamada de ‘Falso 9’, foi coordenada pelas Polícias Civis de Rondônia, Paraná, Amazonas e Mato Grosso, com o suporte do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Nove dos suspeitos foram detidos preventivamente e dois de forma temporária. A investigação revelou que a quadrilha utilizava documentos falsos para abrir contas bancárias em nome dos atletas. Atos ilegais como a portabilidade salarial eram realizadas para essas contas, de onde os valores eram rapidamente sacados e distribuídos entre diversas transações financeiras.
De acordo com o Ministério da Justiça, mais de R$ 1 milhão foi movimentado em nome de terceiros, com as maiores quantias sendo rastreadas em Porto Velho (RO) e Cuiabá (MT). O esquema foi descoberto após uma instituição financeira detectar fraudes em seu sistema de prevenção e comunicar as autoridades competentes.
Após a denúncia, os bancos envolvidos reforçaram os mecanismos de autenticação digital e restituíram integralmente os valores aos atletas lesados. Além das prisões, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em Porto Velho, Cuiabá, Curitiba, Almirante Tamandaré (PR) e Lábrea (AM).
Reportagens da Rádio Band News BH indicam que os criminosos tentaram desviar cerca de R$ 800 mil das contas de Gabigol e quase R$ 400 mil das contas de Kannemann. Os suspeitos poderão enfrentar acusações de fraude eletrônica, uso de identidade falsa, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e organização criminosa — crimes que, se condenados, podem resultar em penas superiores a 30 anos de prisão.
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