RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (4) o início de negociações para a exploração de petróleo na Costa do Marfim, um país localizado na costa oeste africana que apresenta características geológicas semelhantes às encontradas no litoral do Sudeste do Brasil.
Conforme declarado pela companhia, o objetivo é “recompor as reservas de óleo e gás por meio da exploração de novas fronteiras, tanto no Brasil quanto no exterior”. A avaliação de novas áreas visa diversificar o portfólio exploratório da estatal, proporcionando geração de valor.
No entanto, a Petrobras enfrenta críticas de ambientalistas, que questionam a decisão de abrir novas frentes para a exploração de petróleo, especialmente diante das advertências sobre a necessidade de reduzir a queima de combustíveis fósseis para combater a mudança climática. Recentemente, grupos ambientalistas realizaram um protesto em frente à sede da empresa no Rio de Janeiro, destacando os impactos das ondas de calor cada vez mais frequentes.
A companhia alega que é essencial encontrar novas reservas para compensar o previsto declínio na produção do pré-sal no início da próxima década, focando principalmente na margem equatorial, onde se localiza a bacia da Foz do Amazonas.
“Estamos comprometidos com a reposição das reservas e a reestruturação do nosso portfólio exploratório, e vemos a Costa do Marfim como uma região com grande potencial”, afirmou a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
Magda também destacou o interesse estratégico da localização do país: “Temos ampla experiência nesta região, próxima ao outro lado do Atlântico, onde estão as bacias de Campos e de Santos. Acredito que podemos alcançar resultados significativos também do lado africano.”
A estatal possui interesse em nove blocos exploratórios na Costa do Marfim, tendo recebido a aprovação do governo local para sua declaração de interesse, que representa o primeiro passo para a abertura de negociações exclusivas.
A Petrobras já teve uma presença marcante na África, mas se afastou ao vender sua subsidiária local em 2018. Em 2023, anunciou seu retorno ao continente, adquirindo participações em três blocos exploratórios operados pela Shell em São Tomé e Príncipe. No ano seguinte, também comprou uma fatia de 10% em um bloco na África do Sul.
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