O Cruzeiro continua abrindo a porta da Toca da Raposa 2 para os dolos histricos do clube. Nesta sexta-feira (7/6), foi a vez de Wilson da Silva Piazza, de 81 anos, acompanhar o treino da equipe celeste no centro de treinamento.
Piazza recebeu uma camisa do Cruzeiro das mos de Pedro Junio, filho mais velho de Pedro Loureno e integrando do departamento de futebol. A vestimenta tinha o nmero 5, o mesmo usado pelo ex-jogador nas conquistas da Taa Brasil de 1966 e da Copa Libertadores de 1976.
“Eu reconheo a minha participao, a importncia minha, mas eu falo que um time no s os atletas, um conjunto que vai desde a direo do clube, a parte tcnica, o massagista, o roupeiro, o cozinheiro. Desejo muitas vitrias, muitos ttulos, isso que a gente tem que dar a retribuio ao torcedor, que a razo maior de tudo. Ningum nada sem o torcedor na nossa vida”, disse.
Piazza se destacou no Renascena, clube amador de BH, e chamou a ateno do Cruzeiro. Ele foi contratado pela Raposa em 1963.
Piazza pelo Cruzeiro
Na chegada ao clube do Barro Preto, o menino era reserva de lton Chaves. Quando o experiente jogador se contundiu, Piazza no saiu mais do time.
O primeiro ttulo foi o Mineiro de 1965, o primeiro do pentacampeonato. Aquela srie de cinco conquistas estabeleceu o maior domnio do Cruzeiro em Minas em mais de 100 anos de histria.
Mas a consagrao de Piazza veio mesmo com o ttulo da Taa Brasil de 1966, ao lado de jogadores como Raul, Procpio, Dirceu Lopes, Evaldo, Natal e Tosto. J capito, por ser lder nato e ter bom trnsito com a comisso tcnica, coube a ele levantar o trofu que elevou a equipe celeste ao nvel nacional.
O bom desempenho com a camisa azul rendeu convocao, em 1967, para a Seleo Brasileira. Com a amarelinha tambm teve destaque, sendo campeo mundial em 1970, no Mxico.
O titular do Cruzeiro ainda sofria com dores no pbis. Em 1976, jogou no sacrifcio e ajudou o clube a conquistar, de forma indita, a Copa Libertadores sobre o River Plate. No jogo extra da final, em Santiago, recebeu infiltrao para continuar em campo na vitria por 3 a 2. Mais uma vez, coube a ele erguer a taa.
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