Uma situação inusitada tomou conta do noticiário esportivo mundial nesta semana. Isso porque um país europeu pede para ser membro da Confederação das Associações de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf). Afinal, pode isso?
A Groenlândia é o país europeu que se candidatou para se tornar membro da Concacaf. Embora pertença geograficamente à América do Norte, o território é uma região autônoma do Reino da Dinamarca. A nação tem aproximadamente 56 mil habitantes.
Se o pedido for aceito, a Groenlândia se tornará o 42º integrante da Concacaf. A confederação representa países como Estados Unidos, Canadá, México, Costa Rica, Panamá. Honduras e Jamaica.
“Nosso pedido de filiação à Concacaf representa um passo significativo para nossas ambições de competir em um nível mais alto”
Morten Rutkjaer, treinador da Seleção da Groenlândia
“Trabalhamos muito para chegar até aqui e estou convencido de que isso inspirará nossos jogadores e desenvolverá nossa cultura de futebol”, completou o técnico.
Uefa negou país europeu
A União das Associações Europeias de Futebol (Uefa) seria o caminho natural para a Groenlândia, uma vez que o país é considerado parte da Europa no âmbito político.
Entretanto, a entidade máxima do futebol europeu bloqueou o ingresso do país por causa de seu estatuto. A filiação só pode ser oferecida a associações “sediadas em um país reconhecido como um estado independente pela maioria dos membros das Nações Unidas”.
Segundo Tonnes Berthelsen, presidente do comitê da candidatura da Groenlândia, a Dinamarca também não apoiou os esforços do país para ingressar na Uefa.
Outro território ultramarino dinamarquês, as Ilhas Faroe, foi oficialmente reconhecido pela Fifa, em 1988, e entrou para a Uefa em 1990.
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