REDAÇÃO – A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nesta terça-feira (11/2), a operação Cílica para apurar crimes de corrupção envolvendo desvio de recursos públicos e um esquema de rachadinha na Câmara Municipal de Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte. A investigação também aponta para a existência de funcionários fantasmas e lavagem de dinheiro.
A ação resultou no cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão na Casa Legislativa, além de residências e estabelecimentos comerciais ligados aos investigados.
O principal alvo da operação é um ex-vereador, de 42 anos, que exerceu o cargo durante os últimos quatro anos. Durante a ação, foram apreendidos R$ 42 mil em dinheiro, dois veículos, documentos e celulares que serão analisados pela PCMG.
A investigação foi iniciada a partir de uma notícia-crime e conduzida pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção, vinculada ao Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes da PCMG.
Rachadinha
A partir dos levantamentos, a Polícia Civil traçou análise financeira de todos os suspeitos e constatou movimentações atípicas de valores elevados para pessoas que não tinham renda condizente com os recebimentos, indicando a possível prática criminosa conhecida como rachadinha.
Conforme destacou o delegado Guilherme Catão, um dos responsáveis pelo inquérito policial, as investigações apontaram, ainda, que um dos assessores do ex-vereador era um funcionário fantasma.
“Descobrimos que esse suposto servidor, na verdade, trabalhava integralmente em um haras, de segunda a sexta-feira”, revelou o delegado, acrescentando que um veículo oficial da Câmara Municipal era utilizado para fins particulares pelo ex-vereador.
A delegada Cinara Rocha, que agora assume as investigações para conclusão do inquérito policial, adiantou que as apurações seguem em andamento, “com análise de transações financeiras suspeitas e possíveis ligações com crimes de sonegação fiscal”.
Os investigados serão ouvidos na delegacia.
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