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Polícia Civil considera esclarecido o triplo homicídio de janeiro deste ano no bairro Bethânia

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03 de maio, de 2024 | 09:40

Polícia Civil considera esclarecido o triplo homicídio de janeiro deste ano no bairro Bethânia

Matança em série em Ipatinga é atribuída a ação de um grupo criminoso ligado ao PCC e tinha como pano de fundo assumir as ‘bocas de fumo’ na cidade

Anderson Figueredo/Diário do Aço
O delegagado da PCMG, Marcelo Franco Marino, explica na manhã desta sexta-feira, sobre conclusão da investigação sobre atuação de grupo criminoso em IpatingaO delegagado da PCMG, Marcelo Franco Marino, explica na manhã desta sexta-feira, sobre conclusão da investigação sobre atuação de grupo criminoso em Ipatinga

O delegado titular da Delegacia de Homicídios de Ipatinga, Marcelo Franco Marino, anunciou nesta sexta-feira (3) a conclusão das investigações do triplo homicídio ocorrido na noite de 5 de janeiro deste ano em frente ao “Bar do Salvador”, no bairro Canaã em Ipatinga. Na ocasião, três pessoas foram assassinadas a tiros e uma quarta foi atingida, mas sobreviveu.

Como resultado da apuração das forças de segurança, três criminosos investigados estão presos e um quarto morreu em uma troca de tiros com a PM à margem da BR-381. Dentre os presos, um é de Governador Valadares, outro de Belo Horizonte e o terceiro, de Ipatinga. O crime no Canaã, entretanto, é apontado como apenas um de uma série de assassinatos e troca de tiros com as forças policiais em Ipatinga.

Para a Polícia Civil, a motivação dos crimes está relacionada a uma ação de grupos rivais envolvidos com o tráfico de drogas. Entre os grupos estariam integrantes da organização Primeiro Comando da Capital (PCC). Os mesmos membros desta facção estariam envolvidos em outros três crimes de grande repercussão em Ipatinga este ano. À investida da organização no Vale do Aço é atribuída a escalada dos assassinatos em Ipatinga em 2024. A cidade registra 25 homicídios de janeiro até agora.

As investigações apontam que os membros da quadrilha começaram a organizar os crimes quando estavam recolhidos à Penitenciária de Ipaba, no ano passado.

Eles planejaram o primeiro ataque para depois do dia das crianças, mas não tiveram a saída temporária aprovada, benefício que só conseguiram no Natal.

Ao saírem, de temporária, não retornaram e começaram a fazer uma “caçada” aos traficantes de Ipatinga, para assumirem o controle dos pontos de tráfico. Os criminosos alugaram um sítio no bairro Taúbas em Ipatinga e usavam o imóvel para servir de “base” para apoio aos ataques. A polícia rastreou uma chamada telefônica e descobriu que o ‘locador’ estava no México, quando alugou o imóvel.

Dentre os crimes atribuidos ao grupo criminoso está uma troca de tiros com a Polícia Militar no bairro Vila Celeste. Depois disso, o grupo envolveu-se em outra troca de tiros com a Polícia Militar no bairro Caravelas, na noite de 13 de fevereiro, que resultou na prisão de um dos investigados, um indivíduo de alta periculosidade, oriundo de Governador Valadares. No tiroteio, um sargento da PM acabou ferido por um tiro de raspão na cabeça.

Membros da organização criminosa estariam envolvidos também em uma troca de tiros na BR-381, na entrada do bairro Parque Caravelas, que resultou na prisão de três envolvidos e na morte de um adolescente de 17 anos, de Governador Valadares, conforme noticiou o Diário do Aço no dia 4 de março.

Wellington Fred + reprodução
Vítimas do triplo homicídio ocorrido em 5 de janeiro, no Canaã Vítimas do triplo homicídio ocorrido em 5 de janeiro, no Canaã

Triplo homicídio foi o crime de maior repercussão

O assassinato de três pessoas ocorreu no fim da noite de 5 de janeiro de 2024, na área dos bares no bairro Bethânia, em Ipatinga, e três pessoas morreram na hora, conforme noticiado à época pelo Diário do Aço. Um quarto indivíduo também foi ferido a tiros, socorrido com vida pelo Samu e encaminhado ao Hospital Márcio Cunha. Todos os atingidos estavam juntos.

A reportagem do Diário do Aço apurou, no local dos fatos, que as vítimas foram, André Henrique Ferreira, de 37 anos, que residia na estrada da Cachoeira de Cima, em Santana do Paraíso, Otavio Rodrigues da Silva, de 34 anos, residente na rua Dacar, bairro Bethânia e Gabriel Vieira de Souza, 23 anos, que residia na rua Istambul, Bethânia. O sobrevivente é um jovem identificado como R.S.C., de 22 anos, também do Bethânia.

Na época, testemunhas informaram que o crime foi praticado por três homens. Sem se importar com dezenas de pessoas que estavam no local, os marginais desembarcaram de um veículo, dois deles portando armas de fogo, se dirigiram à mesa onde as vítimas estavam e efetuaram vários tiros. Após o atentado, eles embarcaram de volta no carro e fugiram sentido bairro Canaã.

O sobrevivente do atentado, atingido por um tiro no abdome, saiu andando do local e caminhou aproximadamente 200 metros, até ser socorrido por uma equipe do Samu e levado para o hospital. Ele foi atingido por cinco tiros.

Ouvido enquanto era socorrido, o jovem informou que estava em companhia de conhecidos e que faziam uso de bebidas alcoólicas e entorpecentes (cocaína), quando percebeu a aproximação de três homens, dois deles armados. Os atiradores foram em direção às outras pessoas na mesa e atiraram. O jovem disse que se levantou e, nesse momento, os assassinos começaram a atirar em sua direção também. Mesmo ferido, o jovem disse que decidiu fugir.

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