Os apaixonados que desejam presentear com joias ou chocolates neste Dia dos Namorados devem se preparar para preços mais altos em 2025. Essa é a conclusão dos dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Nos últimos 12 meses até maio, as joias tiveram uma inflação acumulada de 29% no Brasil, enquanto os chocolates, incluindo barras e bombons, registraram um aumento de 21,43%, sendo as únicas categorias a ultrapassar a marca de 20% entre 44 produtos e serviços possíveis como presentes para a data, que será celebrada na próxima quinta-feira (12).
Os dados foram obtidos pelo jornal Folha de S.Paulo no sistema Sidra do IBGE. A inflação geral medida pelo IPCA no mesmo período foi de 5,32%.
Segundo Matheus Dias, economista do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), o aumento do custo das joias está vinculado à alta dos preços dos metais, como o ouro. Essa valorização ocorre em um contexto de possíveis desacelerações na economia global e as tensões comerciais lideradas pelos Estados Unidos.
“Diante da percepção de aumento do risco econômico, muitos agentes financeiros buscam ativos seguros, como o ouro”, afirmou Dias.
Adicionalmente, o aquecimento do mercado de trabalho no Brasil também pode ter impulsionado a demanda por joias, conforme destacou o economista Fábio Romão da consultoria LCA 4intelligence, que observou como o aumento do emprego formal facilita o acesso a crédito, estimulando o consumo de bens de maior ticket.
Por outro lado, a elevação dos preços dos chocolates está atrelada à alta nos preços do cacau no mercado internacional, causado em parte por desastres climáticos que afetaram plantações na África Ocidental, especificamente em Gana e Costa do Marfim, que respondem por cerca de 70% da produção mundial.
Além das joias e chocolates, outros produtos adequados para o Dia dos Namorados, como flores (12,8%) e hospedagem (11,28%), também apresentaram aumento de preços acima de dois dígitos nos 12 meses que antecederam maio. A lista de aumentos segue com itens como perfumes (8,01%), computadores pessoais (7,87%) e refeições fora de casa (7%).
Em contrapartida, surgiram cinco categorias com quedas nos preços durante o mesmo período, sendo a maior a de passagens aéreas, com uma redução de 13,16%.
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