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Prefeito Douglas impõe veto total ao PL do Plano de Manejo da Apa Serra do Timóteo

Prefeito Douglas impõe veto total ao PL do Plano de Manejo da Apa Serra do Timóteo

Prefeito Douglas Willkys vetou totalmente o “Substitutivo apresentado pelo vereador Adriano Costa Alvarenga

TIMÓTEO – A novela do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental da Serra do Timóteo – APAST, protocolado na Câmara Municipal em agosto de 2021, mesmo depois de votado e aprovado no plenário do Legislativo Timotense, agora, nesta quarta-feira (31), ganhou um novo capítulo perigoso.

Aprovado em novembro do ano passado já como um “Substitutivo” apresentado pelo vereador Adriano Costa Alvarenga, líder de governo na Câmara, a matéria recebeu o veto total por parte do prefeito Douglas Willkys (PSB). O anúncio de que o Executivo vetaria o expediente apresentado pelo Líder de Governo, vinha sendo ventilado pelos corredores da Câmara, mas, poucas pessoas acreditavam no feito.

A celeuma para a aprovação do “Substitutivo” do vereador Adriano Costa gerou muita discussão e confrontos políticos em plenário. Para tanto, foi necessário que os vereadores rejeitassem o Projeto de Lei original 4.370/2021, este de autoria do prefeito Douglas Willkys.

Projeto Original

O projeto original elaborado pela empresa Detzel Gestão Ambiental (PL. 4370), da cidade de Curitiba, foi encaminhado ao Legislativo pelo Executivo Municipal em agosto de 2021. À época, foi designada a relatoria da matéria pelo então presidente do Legislativo, vereador Luiz Perdigão, bem como foi constituída uma comissão especial – composta pelos vereadores Adriano Alvarenga, Nelinho Ribeiro e Wladimir Careca – para fazer os estudos necessários referentes ao projeto.

Estabelecido pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação, por meio da Lei Federal 9.985/200, o Plano de Manejo é o instrumento que norteia o que pode ou não ser feito dentro da APA Serra, ou seja, quais atividades devem ser incentivadas, limitadas ou não permitidas em cada uma das zonas dentro da APA. A ausência deste instrumento motivou o ajuizamento de uma ação civil pública pelo Ministério Público, proibindo quaisquer intervenções na área até que o Plano de Manejo seja aprovado.

Relatório do pedido de vistas

Agora está nas mãos dos vereadores o futuro ambiental e econômico da cidade. Se o veto for mantido, a Apa seguirá sem plano de manejo e sem regras

Das muitas idas e vindas do Substitutivo em plenário para votação, em um relatório de pedido de vistas, solicitado pelo vereador Vinícius Bim (PT), colaborado pelos vereadores Professor Ronaldo e Nelinho Ribeiro, ficou um alerta de que a matéria “de tamanha relevância jamais deveria ser discutida e votada às pressas, muito menos sem observação de todos os impactos ambientais decorrentes de sua aprovação”.

Em outro trecho do relatório ficou a afirmativa de que “os membros do Conselho da Apa não participaram da elaboração do Substitutivo”. Por fim, na conclusão do relatório que justificou o pedido de vistas dos parlamentares em questão, constou que: Fica evidente a ausência de legitimidade do autor para a propositura do substitutivo. Ressalto ainda a ausência de participação do Conselho gestor da Apa na elaboração do mesmo, bem como de nenhuma equipe técnica de supervisão e análise do conteúdo proposto, o que prejudica uma análise mais criteriosa sobre os impactos das alterações.

Portanto, não observadas as condições e legalidades mínimas, o relatório é pela reprovação do Substitutivo e aprovação do Projeto Original.

Veto perigoso

Conforme apurado pelo JBN, caso o veto do prefeito Douglas seja mantido pelos vereadores, todo o primeiro estudo realizado pela empresa Detzel, com a supervisão de uma comissão de técnicos da prefeitura, que resultou no Projeto de Lei apresentado pelo prefeito Douglas Willkys, vai por água abaixo. Ou seja, o município de Timóteo continuará sendo regido ambientalmente pelo chamado “canetaço”, porque continuará sem regras e sem um plano de manejo. A segurança ambiental e econômica esperada pelos grandes, médios e pequenos investidores continuará no sonho, ou deverá ser procurada em outras cidades. Ou seja, o desenvolvimento da cidade a partir desta quinta-feira depende unicamente dos 15 vereadores Timotenses. Uma comissão especial será constituída para apreciação do veto.

Vale ressaltar mais uma vez que a ausência deste instrumento motivou o ajuizamento de uma ação civil pública pelo Ministério Público, proibindo quaisquer intervenções na área até que o Plano de Manejo seja aprovado.

Subsecretária de Meio Ambiente pede exoneração

No mesmo momento em que o prefeito veta o Projeto do Plano de Manejo, a Subsecretária de Meio Ambiente, Lucília Moraes entregou o seu pedido de exoneração do cargo. Lucília, indesejada pelos predadores do meio ambiente de Timóteo, estava no governo Douglas há vários anos. A Subsecretária contrariando até políticos da cidade, executava com eficiência o trabalho em favor do meio ambiente em sua pasta.

Juntamente com a Subsecretária, a servidora Keila Cristina Ferreira, renunciou nesta quarta-feira (31) várias funções a ela atribuídas pelo governo municipal:  função de membro do Conselho Municipal de Saneamento Básico; função de Secretária Executiva do Conselho Gestor do Fundo de Meio Ambiente;   composição da Equipe Técnica Municipal do Meio Ambiente; exoneração do Cargo de Chefia do Fundo Municipal do Meio Ambiente.

A Prefeitura de Timóteo não atendeu ao pedido de nota sobre a exoneração da Subsecretária Lucília Moraes.

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Confira a matéria completa em: www.jornalbairrosnet.com.br

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