TIMÓTEO – O auditório da Prefeitura de Timóteo teve todos os assentos ocupados, na manhã desta segunda-feira (24), para a capacitação sobre Escuta Especializada, com o tema: A rede de proteção à criança e ao adolescente e a Escuta Protegida, promovida pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social.
A escuta especializada é um procedimento que visa a proteção de crianças e adolescentes vítimas de violência. É realizada por profissionais de órgãos de proteção, como a assistência social, a saúde, a educação e os conselhos tutelares.
A Escuta Especializada deve ser realizada em um ambiente acolhedor e privado, sempre por profissionais capacitados, com protocolos reconhecidos e por meio de equipes multidisciplinares especializadas compostas por educadores, profissionais de saúde, conselhos tutelares e serviços de assistência social.
Convidada para ministrar a capacitação, Érica Beltrame, diretora regional da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (SEDESE), reforçou os objetivos da Escuta Especializada são proteger, cuidar e acompanhar a vítima ou testemunha; identificar vulnerabilidades e riscos; construir um plano de acompanhamento e superar a violação e reparar os danos. “Devemos sempre lembrar que a Escuta Especializada é regulamentada pela Lei 13.431/2017, que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente”, ponderou Érica.
Para a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Luciene Souza, a capacitação foi bem sucedida e demonstrou o interesse de várias cidades em estarem aptas a desenvolver trabalhos mais sensíveis e atentos para as crianças e os adolescentes. “Contamos com a participação de vários atores da rede social, da rede de proteção, na perspectiva de buscarmos juntos, enquanto rede, elaboração de estratégias, de propostas que vão ao encontro às normativas da lei da escuta especializada”, informou Luciene.
O prefeito Vitor Prado destacou o importante papel dos agentes públicos no processo de promover a escuta especializada em todos os setores que tratam de crianças e adolescentes, evitando que a vítima reviva várias vezes o trauma, toda vez que precisar narrar os crimes e/ou abusos sofridos para equipes técnicas, para a polícia e até mesmo para o judiciário. “Estamos validando a palavra, a denúncia de maus tratos e abusos sofridos por crianças e adolescentes, tirando-os do cenário perturbador e constrangedor de ter que repetir várias vezes o crime de que foi vítima. A Escuta Especializada oficializa essa denúncia e é este documento, não mais a criança ou o adolescente, que passa a percorrer as instâncias de averiguação e determinação das penalidades cabíveis”, destacou o prefeito.
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