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Prejuízos e Oportunidades para o Brasil

Prejuízos e Oportunidades para o Brasil

Desde a sua posse em fevereiro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem imposto tarifas comerciais a diversos parceiros, incluindo o Brasil. Essas medidas podem afetar tanto o agronegócio quanto a indústria siderúrgica brasileiras. Embora, inicialmente, os efeitos sejam vistos como prejudiciais, há possibilidade de que se tornem uma oportunidade de crescimento, dependendo da postura que o Brasil adotar.

Fernando Lagares Távora, consultor legislativo do Senado, destaca que o cenário atual pode representar uma chance para o agronegócio brasileiro se expandir. Em seu estudo intitulado “O Segundo Mandato de Trump está começando… E agora, o que o agronegócio brasileiro pode esperar?”, ele menciona que a continuidade da política comercial agressiva de Trump pode levar a uma demanda internacional por produtos brasileiros, beneficiando o país.

— Se ele [Trump] continuar com essa política comercial agressiva, haverá retaliações. Essa demanda nos beneficiará, aponta Lagares.

Os impactos já são visíveis. Em fevereiro, Trump elevou as tarifas sobre importações chinesas para os EUA, resultando em uma resposta da China que impôs tarifas sobre produtos americanos, como frango e soja. O Canadá e o México também retaliaram, complicando ainda mais o panorama comercial.

O senador Confúcio Moura (MDB-RO) sugere que o Brasil busque novas parcerias, como com o México e o Canadá, que estão em disputa tarifária com os EUA. Para Moura, “o mundo é grande, e existem muitos países que podem se tornar compradores potenciais dos produtos brasileiros.”

Por outro lado, a medida de Trump de taxar importações de aço e alumínio em 25% preocupa, uma vez que os EUA são um dos principais compradores do aço brasileiro. Segundo o Instituto Aço Brasil, os EUA compraram mais de 35% da produção brasileira em 2024.

O senador Humberto Costa (PT-PE) ressalta a importância da negociação em vez de confrontos diretos com os EUA. Ele acredita que as cotas poderiam ser uma solução menos agressiva. Para ele, a reciprocidade também deve fazer parte da estratégia.

Marislei Nishijima, professora da USP, alerta para o poder de barganha mais limitado do Brasil em comparação com os EUA, sugerindo que o diálogo deve ser priorizado para evitar uma guerra econômica.

Távora propõe que, diante das tarifas, os exportadores brasileiros devem formar parcerias e sensibilizar o Parlamento e os consumidores nos EUA sobre os impactos das tarifas, promovendo um diálogo que permita melhorar o cenário comercial. “Cautela e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém”, conclui Távora.

De acordo com Armando Fornazier, professor da UnB, o atual contexto é favorável para o Brasil ampliar suas exportações de grãos, especialmente para a China, que até agora é um mercado bem receptivo para os produtos brasileiros.

Confira a matéria completa em: maisvip.com.br

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