O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta quinta-feira (13) que o país aceitou as propostas dos Estados Unidos para a interrupção das hostilidades na Ucrânia. No entanto, ele enfatizou que um cessar-fogo deve ser capaz de assegurar uma paz duradoura e abordar as causas do conflito.
“Concordamos com as propostas para cessar as hostilidades”, disse Putin durante uma coletiva no Kremlin, após uma reunião com o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko. “Mas, partimos do fato de que essa cessação deve ser tal que levaria a uma paz a longo prazo e eliminaria as causas originais desta crise”, acrescentou.
O líder russo também levantou preocupações sobre certas questões relativas ao cessar-fogo, como a garantia de que ele será respeitado ao longo da extensa fronteira de mais de 2 mil quilômetros entre a Rússia e a Ucrânia.
As forças russas têm avançado desde meados de 2024 e atualmente controlam quase um quinto do território ucraniano. Três anos após o início do conflito, o presidente dos EUA, Donald Trump, manifestou que pretende interromper a guerra.
Em uma declaração na Casa Branca, Trump afirmou que espera que o Kremlin aceite a proposta americana de um cessar-fogo de 30 dias, apoio que conta com a concordância da Ucrânia, com o intuito de pôr fim ao que chamou de “banho de sangue”.
Putin agradeceu a Trump por seus esforços em prol do término da guerra, dizendo: “A ideia em si é correta, e certamente a apoiamos”. Contudo, ele enfatizou a necessidade de discutir alguns pontos. “Acho que precisamos conversar com nossos colegas americanos também”.
Putin também mencionou a possibilidade de entrar em contato com Trump para tratar do tema, ressaltando que “apoiamos a ideia de acabar com este conflito por meios pacíficos”.
Ainda na quarta-feira, Putin visitou um posto de comando na região de Kursk, no oeste da Rússia, usando um uniforme de camuflagem, onde as forças ucranianas enfrentam uma grande ofensiva russa, correndo o risco de perder terreno.
Na coletiva desta quinta-feira, Putin alertou que os ucranianos em Kursk têm apenas duas opções: “morrer ou serem capturados”.
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