(foto: MAURO PIMENTEL/AFP)
Ao longo da vitoriosa carreira de treinador, Carlo Ancelotti treinou 34 jogadores brasileiros em clubes. Apenas um deles no teve bom relacionamento com o italiano, novo treinador da Seleo Brasileira.
Em entrevista Globo, Ancelotti rasgou elogios aos brasileiros e preferiu esconder o nome do desafeto.
O brasileiro tem um bom carter, na minha opinio. O jogador brasileiro, em geral, tem um nvel tcnico maior do que os outros. Do aspecto pessoal, uma pessoa que tem um carter tranquilo, humilde, a maioria. Treinei 34. Se penso em um problema com algum, creio que no. S tive com um, mas no digo”, declarou Carletto.
O jornalista Marcos Paulo Lima, colunista e subeditor do Correio Brasiliense, revisitou o livro de Carlo Ancelotti, ‘Liderana Tranquila‘, para achar a resposta e apontou duas hipteses: Rivaldo ou Leonardo.
Em trechos do livro, Ancelotti relatou a dificuldade de lidar com Rivaldo no Milan. Melhor do mundo em 1999, o meia-atacante chegou ao Rossonero em 2002, pouco depois de conquistar a Copa do Mundo como um dos destaques da Seleo Brasileira.
“Houve um jogo pela Champions League, e Rivaldo, que no tivera uma pr-temporada integral, nem uma preparao completa para o jogo , foi para o banco. Tentei lhe explicar que ele jogaria dali a trs dias, mas ele respondeu: Rivaldo no vai para o banco, contou.
‘Rivaldo, voc tem de ir para o banco’. Ele simplesmente se levantou e foi para casa, acrescentou Ancelotti.
‘Acreditava que era meu amigo’
J o atrito com Leonardo foi no perodo em que Ancelotti treinou o Paris Saint-Germain, de 2011 a 2013. No perodo, o tetracampeo mundial com a Seleo Brasileira era diretor esportivo do clube francs.
Como jogador, Leonardo trabalhou com Carlo Ancelotti no Milan, em 2002/2003, temporada em que se retirou dos gramados.
Por que dizer a um treinador que ele corre o risco de ser demitido? E se tivesse vencido a partida, o que aconteceria? Permaneceria, claro, mas no me sentiria confortvel. Porque quela altura saberia que tinha perdido a confiana do presidente e do diretor esportivo. Vencemos. Jogamos bem e batemos o Porto por 2 a 1. Assim, no me demitiram, contou no livro.
Mas nada para mim mais foi a mesma coisa. No sentia mais o apoio do clube, o que me deixava em uma posio insustentvel, sobretudo em um projeto de longa durao como aquele. Por isso, antecipei ao Leonardo que, ao fim da temporada, iria embora. Leonardo era meu amigo, ou ao menos eu acreditava nisso. Mas ele no me deu qualquer explicao por que tinha me tratado daquele jeito. Estava surpreso, uma coisa desse gnero no deve acontecer, no futebol assim como em qualquer outro contexto. Se voc quer demitir algum, demite. No diga que, se perder, vai demitir, disparou Ancelotti.
Confira a matéria completa em: noataque.com.br