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Relatório da PF revela erro ao monitorar homônimo de Alexandre de Moraes

Relatório da PF revela erro ao monitorar homônimo de Alexandre de Moraes

O esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro resultou no monitoramento, por engano, de um homônimo do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

A informação é parte do relatório final das investigações do caso “Abin Paralela“, que levou a Polícia Federal (PF) a indiciar cerca de 30 pessoas, incluindo o filho do ex-presidente, Carlos Bolsonaro. O sigilo do documento foi retirado em 18 de setembro por Moraes, que atua como relator do caso.

Segundo a PF, tanto Bolsonaro quanto Carlos integraram uma organização criminosa destinada a executar ações de espionagem clandestina contra opositores.

O ex-presidente não foi indiciado diretamente, pois enfrenta um processo relativo ao uso clandestino da Abin em outra ação penal que está em andamento no STF.

Erro de Monitoramento

No relatório, os agentes da PF evidenciam que o agente de inteligência Thiago Gomes Quinalia realizou três pesquisas pelo nome de Alexandre de Moraes Soares utilizando o sistema de monitoramento Firstmile, no dia 19 de maio de 2019.

A PF aponta que essa busca foi um erro do esquema de espionagem. “A utilização de sistemas ilegítimos de consulta, como demonstrado acima, resultava, por vezes, em números de terminais telefônicos erroneamente associados a alvos. A pesquisa no sistema First Mile por homônimo é erro passível de ter sido cometido”, afirma o relatório.

Além de Moraes, também foram monitorados ilegalmente ex-deputados como Jean Willys, Rodrigo Maia, Joyce Hasselmann, o ex-governador de São Paulo João Dória e jornalistas como Leandro Demori e Mônica Bergamo.

O relatório indica que a pesquisa coincide com a abertura do inquérito das fake news no STF, que Moraes relatora e que investiga a disseminação de notícias falsas durante o governo de Bolsonaro.

O agente que fez a busca não ocupa mais seu cargo, e não há informações sobre seu paradeiro. Ele foi demitido do serviço público no ano passado.

Defesa de Carlos Bolsonaro

Após a divulgação das conclusões da PF, Carlos Bolsonaro se manifestou nas redes sociais, insinuando que a investigação teria motivações políticas.

“Alguém tinha alguma dúvida que a PF do Lula faria isso comigo? Justificativa? Creio que os senhores já sabem: eleições em 2026? Acho que não! É só coincidência!”

Essa série de investigações foi um marco importante na apuração de crimes relacionados à espionagem e à disseminação de informações falsas durante o governo anterior.

Confira a matéria completa em: maisvip.com.br

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