Samir Xaud é eleito presidente da CBF e promete investir no futebol feminino

O novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, anunciou que a entidade intensificará os investimentos no futebol feminino. A declaração foi feita durante uma entrevista a jornalistas na Neo Química Arena, em São Paulo, na última sexta-feira (30), após a vitória da seleção brasileira feminina sobre o Japão por 3 a 1 em um amistoso.

Xaud destacou que o fortalecimento da modalidade será uma das prioridades de sua gestão, eleita no último domingo (25). “Deixamos bem claro, em conversa com as atletas, que queremos apoiar, incentivar, investir e atrair mais recursos para garantir um campeonato robusto”, afirmou.

O dirigente também reforçou o compromisso institucional da CBF com a modalidade. “Vamos continuar dando suporte e buscando patrocinadores. O futebol feminino é uma das bandeiras que defendo e vamos trabalhar para desenvolver a modalidade em todo o Brasil”, completou.

Transformações necessárias para o futuro do futebol feminino

Durante a coletiva de imprensa pós-jogo, o técnico da seleção brasileira feminina, Arthur Elias, comentou sobre as perspectivas em relação à nova gestão da CBF. Para o treinador, apesar da sinalização positiva por parte da entidade, a evolução do futebol feminino exige uma transformação mais ampla, abrangendo clubes, federações e políticas públicas.

“O que temos de mais importante é a Copa do Mundo de 2027, que será realizada no Brasil. Para acelerar esse processo, precisamos ampliar as oportunidades para as meninas, investir em trabalho social — que ainda é escasso — e garantir melhores condições para as atletas”, analisou Elias.

Compromisso do Governo Federal com o futebol feminino

No início do mês, quando foram anunciadas as oito sedes brasileiras do Mundial de 2027, o Ministério do Esporte reafirmou seu compromisso com a consolidação do futebol feminino no país. Segundo Marileia dos Santos, diretora de Políticas de Futebol e de Promoção do Futebol Feminino, a estratégia nacional para a modalidade já está em curso.

“Isso tudo vai se intensificar com a chegada da Copa. Queremos formar uma rede sólida, que permaneça muito além de 2027. A ideia é descentralizar, para que o impacto do futebol feminino floresça em todos os cantos do país”, declarou Marileia, ex-jogadora conhecida como ‘Michael Jackson’, ao site oficial do ministério.