O Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência da Macrorregião Leste (Consurge), que gere o Samu na região do Vale do Aço e Vale do Rio Doce, projeta um prejuízo de R$ 4,4 milhões pela falta de repasses federais. Essa dificuldade também é enfrentada por outros nove consórcios em Minas Gerais, totalizando um rombo de R$ 56,8 milhões no custeio do serviço.
Os consórcios informam que a União não tem cumprido o mínimo de 50% de participação no financiamento tripartite do Samu 192, o que compromete a manutenção do atendimento em diversas áreas do estado. Gustavo Nunes, presidente do Consurge e prefeito de Ipatinga, ressalta que um dos fatores do déficit é a falta de habilitação da segunda fase de implantação do serviço.
“Recebemos repasses apenas da primeira etapa habilitada. Já solicitamos a segunda fase ao Ministério da Saúde, mas ainda não obtivemos resposta. Isso gera um desequilíbrio que pode afetar toda a operação do Samu na nossa região”, destacou Nunes.
Além disso, Nunes apontou outros dois problemas críticos: a falta de repasse do 13º salário dos servidores e a defasagem nos salários dos condutores socorristas, fatores que dificultam novas contratações e podem levar a paralisações no serviço.
Em resposta, o Ministério da Saúde informou que os repasses federais ao Samu 192 em Minas Gerais são feitos de forma automática e regular, através do Fundo Nacional de Saúde. A pasta confirmou que recebeu um ofício dos consórcios mineiros pedindo revisão nos valores de custeio e que o documento está sob análise técnica.
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