Seis expulsões em um mesmo time. Jogadores e comissão técnica tentando “partir para cima” do juiz. Invasão do gramado por dirigentes. Polícia em campo, nos vestiários e na saída do estádio para escoltar membros da arbitragem. Essas cenas lamentáveis marcaram os minutos seguintes ao final do jogo entre Paraná e Operário, pela segunda rodada do Campeonato Paranaense, na Vila Capanema.
O motivo? A revolta dos atletas do Paraná pela marcação de pênalti para o adversário nos acréscimos da partida – aos 49 minutos do segundo tempo -, que foi convertido pelo meia-atacante Gabriel Boschilia e decretou igualdade tardia no placar: o confronto terminou em 1 a 1.
A penalidade foi marcada pelo árbitro Murilo Ugolin Klein após bola rebatida na grande área bater na mão do lateral-esquerdo Kevin.
Ao final da partida, vários jogadores do Paraná Clube e comissão técnica invadiram o campo de jogo para confrontar a arbitragem causando uma confusão generalizada sendo preciso a intervenção de seguranças particulares e do Batalhão de Choque da Policia Militar do Paraná para controlar a situação
Murilo Klein, na súmula da partida
Seis cartões vermelhos e ‘um time todo’ de amarelados
O Paraná foi punido com seis expulsões: uma ainda durante o jogo – o lateral-direito ex-América Daniel Guedes – e cinco após o apito final: o lateral-esquedo Kevin, autor do pênalti; os volantes Geilson e Júlio Rusch, o atacante Gustavo Sagui e o técnico Argel Fuchs.
“Os cartões vermelhos apresentados nesta súmula não foram mostrados no campo de jogo devido a falta de segurança e ânimos exaltados durante tal confusão”, disse o árbitro.
Já os amarelados poderiam formar um time completo. Foram 11, no total – oito para paranistas e três para atletas do operário.
Ao final, para sairmos do estádio e das redondezas, foi necessário sermos escoltados pelas viaturas do batalhão de choque da Policia Militar do Paraná
Murilo Klein, na súmula da partida
‘Já não sei mais o que fazer’
O técnico Argel Fuchs criticou a arbitragem e cobrou a Federação Paranaense de Futebol em entrevista pós-jogo.
- Crítica à arbitragem: “A bola dá no braço do jogador do Operário, depois dá no braço do Kevin. E ele dá pênalti. Eu, sinceramente, já não sei mais o que fazer. Trabalhei no Campeonato Catarinense, Baiano, Paulista, Gaúcho… e eu nunca vi isso acontecer. Não quero empatar desse jeito, não quero ganhar com invasão de área como foi jogo passado (contra o Athletico, Argel disse que o atacante Lucas di Yorio invadiu a área para fazer o gol da vitória do Furacão)’.”
- Crítica à FPF: “Eles (Comissão de Arbitragem e Federação Paranaense) precisam se explicar para nós, para a torcida gigantesca que veio debaixo de chuva e mostrou sua grandeza. Um jogo bem jogado e não precisava estragar do jeito que foi estragado. Depois vão falar que o Argel chora.”
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