07 de abril, de 2024 | 09:30
Servidores do IFMG Ipatinga aderem à greve nacional
Por Matheus Valadares – Repórter Diário do Aço
A partir de terça-feira (9), servidores que trabalham no campus do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) em Ipatinga estarão de greve. A informação foi confirmada pelo Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), que ainda informou que funcionários de 360 unidades de ensino em todo o Brasil aderiram ao movimento.
A ação paredista abrange tanto o quadro técnico-administrativo como docentes da rede federal. (Veja a lista completa de instituições federais em Minas Gerais que irão paralisar no fim da matéria).
A greve, oficialmente, segundo o Sinasefe, começou dia 3/4, porém, algumas instituições irão aderir somente a partir desta semana.
Não há prazo para que a paralisação chegue ao fim. Assim que o governo federal negociar e chegar a um atendimento satisfatório das demandas da categoria é que a greve será encerrada”, posicionou o sindicato por meio de nota enviada ao Diário do Aço.
Já em relação às aulas ministradas aos estudantes, o sindicato informou que a tendência, por ser uma greve, é que os alunos fiquem sem aulas enquanto o movimento perdurar. Após a greve, um acordo para reposição dos dias parados deve ser firmado com o Ministério da Educação e com as reitorias dos Institutos Federais”, esclareceu.
No entanto, o IFMG garantiu que está sendo feita uma negociação junto aos sindicatos para manter os serviços essenciais. Informamos, ainda, que os calendários acadêmicos dos campi até o momento não foram suspensos”, comunicou a nota enviada a pedido do Diário do Aço.
De acordo com a assessoria de imprensa, um levantamento entre as 18 unidades do IFMG está em produção para averiguar o percentual de servidores que aderiram ao movimento.
Reivindicações
Reestruturação das carreiras de técnico-administrativos (PCCTAE) e docentes (EBTT); Recomposição salarial; Revogação de todas as normas que prejudicam a educação federal aprovadas nos governos Temer (2016-2018) e Bolsonaro (2019-2022); Recomposição do orçamento e reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes.
Posicionamento do governo
Contatado pelo Diário do Aço, o Ministério da Gestão informou que, em 2023, viabilizou, a partir de negociação com as entidades representativas dos servidores federais, reajuste linear de 9% para todos os servidores, além do aumento de 43,6% no auxílio alimentação. Esse foi o primeiro acordo para reajustes fechado entre o governo e servidores em oito anos”, garantiu a pasta.
Na primeira reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) de 2024, realizada no dia 28 de fevereiro, o governo reafirmou a proposta do reajuste de 9% em duas parcelas para os próximos dois anos, sendo a primeira em maio de 2025 e a segunda em maio de 2026. Com essa proposta, mais os 9% de aumento já concedidos no ano passado, os servidores terão um reajuste acumulado nos quatro anos de mais de 18%. Também foi formalizada proposta, para este ano de 2024, de reajuste no auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil (51,9% a mais);?de aumento em 51% nos recursos destinados à assistência à saúde suplementar (auxílio-saúde”); e, ainda, de acréscimo na assistência pré-escolar (auxílio-creche”) de R$ 321 para R$ 484,90”, dizia trecho da nota.
Como parte do processo de debates sobre reajustes para o ano de 2024, foram abertas mesas específicas para tratar de algumas carreiras, resultando em dez acordos firmados e oito em andamento, incluindo o acordo com os servidores da carreira de Técnico-Administrativo Educacional e Docentes”.
Especificamente para a carreira educacional, os Ministérios da Gestão e o da Educação criaram um Grupo de Trabalho (GT) para tratar da reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE).
O relatório final do GT, entregue no dia 27/3 à ministra Esther Dweck, servirá como insumo para a proposta do governo de reestruturação da carreira, que será apresentada aos servidores na Mesa Específica de Negociação”, pontua o ministério.
A recomposição da força de trabalho na Administração Pública Federal, para recuperar a capacidade de atuação do governo para a execução de políticas públicas, é pauta prioritária do Ministério da Gestão, que vem atuando dentro do possível e dos limites orçamentários para atender às demandas dos órgãos e entidades do Executivo Federal”, finaliza a nota.
Veja a lista de instituições mineiras que irão paralisar
A partir de 3/4 – IFMG Bambuí, IFNMGs de Montes Claros, Pirapora, Salinas, Araçuaí e Teófilo Otoni;
A partir de 8/4 – IFNMG Arinos, IFTMs de Patrocínio, Paracatu e Uberlândia;
A partir 9/4 – IFMGs de Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Governador Valadares, Piumhi, Ouro Branco, Ipatinga, Ouro Preto, Itabirito, Ribeirão das Neves, Ponte Nova, Sabará, Formiga, Santa Luzia, São João Evangelista, Betim, Arcos, Ibirité e Polo de Inovação;
A partir de 10/4 – IFSULDEMINAS Poços de Caldas e Pouso Alegre;
A partir de 15/4 – IF Sudeste MG Rio Pomba e IFNMG Porteirinha.
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