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STF confirma ação penal contra deputado Alexandre Ramagem

STF confirma ação penal contra deputado Alexandre Ramagem

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, restringir a suspensão imposta pela Câmara dos Deputados sobre a ação penal que envolve o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Com essa decisão, Ramagem continuará respondendo a acusações de três crimes: golpe de Estado, organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. No entanto, a parte da denúncia que envolve os crimes de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado foi suspensa.

Os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux acompanharam o relator, Alexandre de Moraes, destacando limitações constitucionais quanto ao direito dos congressistas de paralisar processos criminais contra colegas.

Contexto da Decisão

A Turma reafirmou entendimento anterior do STF, ressaltando que o Congresso só pode suspender ações penais relacionadas a crimes cometidos após a diplomação de um parlamentar, caso contrário, comprometeria o caráter personalíssimo desse direito. Moraes enfatizou que não se trata de beneficiar co-réus.

A questão foi suscitada após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ter notificado o STF sobre a suspensão integral da ação penal, o que gerou a necessidade de esclarecimento da Corte, que lembrou que tal suspensão deve ser restrita às ações pertinentes aos crimes atribuídos a Ramagem após dezembro de 2022.

Denúncias e Réus

Em março, Ramagem foi formalmente acusado de participação em uma trama golpista, sendo um dos oito réus do núcleo 1 do processo, que inclui figuras proeminentes como o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros militares e civis próximos ao ex-mandatário.

Antes de assumir seu cargo eletivo, Ramagem atuou como diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), onde foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de utilizar a estrutura da agência para espionar opositores de Bolsonaro, episódio que ficou conhecido como ‘Abin Paralela’.

Composição do Núcleo 1

Os réus que compõem o chamado núcleo crucial da acusação, aceito por unanimidade em 26 de março pelo STF, são:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Walter Braga Netto, general de Exército e ex-ministro;
  • General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército;
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

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