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Tcnico do PSG revive drama pessoal em conquista da Champions League

Luis Enrique levou o PSG  conquista da Champions League neste sbado (31/5) (foto: Franck Fife/AFP)

Se pudesse, o tcnico do Paris Saint-Germain, Luis Enrique Martnez, de 55 anos, comemoraria a segunda conquista da Champions League do mesmo jeito que a primeira, em 2015, quando treinava o Barcelona: entrando no gramado com a filha Xana. O treinador conduziu a equipe francesa ao ttulo neste sbado (31/5), ao vencer a Inter de Milo por 5 a 0, na Allianz Arena, em Munique.

Quando perguntam a Luis Enrique a respeito da filha, o comandante diz acreditar que a menina que morreu em decorrncia de um cncer da medula ssea aos nove anos, em 2019, est presente em esprito.

O drama familiar transformou a vida de Luis Enrique, que criou uma fundao com o nome da filha para apoiar crianas que sofrem de doenas graves. Tambm alterou o curso da carreira de um dos treinadores mais bem-sucedidos de sua gerao.

Queda na Seleo Espanhola

Quando a doena foi descoberta, em junho de 2019, ele era o tcnico da seleo espanhola. Licenciou-se para se dedicar ao tratamento da filha. Ela morreu em agosto do mesmo ano. Na volta, Luis Enrique acusou o substituto interino, Robert Moreno, de ter tentado roubar seu emprego.

Sob o comando de Luis Enrique, a Espanha chegou Copa do Mundo do Qatar, em 2022, como uma das favoritas. Mas, depois de ter estreado com um impressionante 7 a 0 sobre a Costa Rica, o time espanhol parou de jogar bem. Acabou derrotado nos pnaltis por Marrocos, uma das surpresas do torneio, nas oitavas de final. A eliminao custou o cargo a Luis Enrique.

Vida nova no PSG

Depois de um ano, veio o convite do Paris Saint-Germain. A misso parecia ingrata: apesar de seu elenco bilionrio, o PSG vinha de seguidos insucessos no mata-mata da Champions League, seu grande objetivo.

Para dificultar a tarefa, Luis Enrique no contaria com o trio de estrelas formado por Lionel Messi, Kylian Mbapp e Neymar. O argentino foi o primeiro a sair, trocando o PSG pelo Inter Miami, dos Estados Unidos. O prprio Luis Enrique fez chegar a Neymar a informao de que no contava com ele. Dias depois, o brasileiro anunciou a transferncia para o Al Hilal, da Arbia Saudita.

Restava apenas Mbapp, que mal escondia a vontade de jogar no Real Madrid, o time de seus sonhos. Quando a temporada 2024/25 comeou, Mbapp foi embora, e o PSG no contava mais com nenhuma superestrela. “Se estrelas bastassem para ganhar ttulos, o PSG teria oito Champions League”, comentou Luis Enrique, na poca da sada de Mbapp.

O elenco do PSG continuou forte, sobretudo do meio-campo para trs, com o italiano Gianluigi Donnarumma no gol, o marroquino Achraf Hakimi na lateral direita e o brasileiro Marquinhos na zaga. Com a ajuda do diretor Luis Campos, 60, um ex-treinador portugus renomado pelo olho clnico para contratar, Luis Enrique achou as peas que faltavam, sobretudo os atacantes Ousmane Dembl, francs vindo do Barcelona, e Khvicha Kvaratskhelia, georgiano trazido do Napoli, da Itlia.

Se em 2015 a primeira Champions podia ser atribuda mais qualidade dos jogadores que aos mritos do treinador era o Barcelona de Messi, Surez, Neymar, Iniesta, Piqu, Daniel Alves, desta vez os crticos so unnimes em reconhecer o papel de Luis Enrique.

O espanhol moldou o PSG do seu jeito, com nfase no jogo coletivo e na busca da posse de bola o tempo inteiro, algo que nem sempre se via nos tempos do trio Messi-Neymar-Mbapp. “Amo jogar neste time”, disse Marquinhos, em uma das entrevistas antes da final em Munique.

Depois de dois anos em Paris, Luis Enrique ainda no domina muito bem o francs. Mas seu esforo nas entrevistas agrada em cheio o pblico local ao contrrio de Neymar, que em seis anos de PSG nunca aprendeu o idioma, o que contribuiu para o desamor entre ele e a torcida.

Como jogador, Luis Enrique foi um meia-atacante polivalente e esforado. Revelado pelo Sporting Gijn, jogou cinco anos pelo Real Madrid, mas mais lembrado pelos oito anos no Barcelona. Pela seleo, o momento mais famoso talvez tenha sido na Copa do Mundo de 1994, quando uma cotovelada do italiano Tassotti deixou seu rosto ensanguentado e no rendeu nem sequer um carto amarelo ao adversrio.

Confira a matéria completa em: noataque.com.br

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