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Trabalhadores da educação mantém greve em Ipatinga. Movimento é parcial na rede municipal

Professores Ipatinga decidem cruzar os braços em greve por tempo indeterminado

IPATINGA – A subsede de Ipatinga do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) informou nesta quarta-feira (11/06) que a greve dos professores atinge parcialmente as escolas da rede municipal de ensino. A continuidade do movimento foi decidida em assembleia realizada na noite de terça-feira (10).

CONSEQUÊNCIA

A diretora da Subsede de Ipatinga, Isaura Carvalho, destacou que a decisão de continuar a paralisação foi tomada pela categoria na plenária de terça-feira para fazer uma avaliação do movimento de greve e também fazer uma agenda deste movimento. “É importante ressaltar que a avaliação da categoria é que a educação em Ipatinga vive uma crise sem precedentes e que a greve não é a causa, mas sim a consequência dos descumprimentos das leis por parte da atual gestão municipal”, pontuou Isaura.

PRECARIZAÇÃO

Ela lembrou que o debate que está sendo feito com toda a cidade diz respeito à situação que os trabalhadores sofrem com o arrocho salarial desde que o plano de carreira foi implementado com o não pagamento dos reajustes anuais definidos em nível nacional, conforme determina a legislação. “Hoje os salários de Ipatinga são os menores da região. Mais da metade dos trabalhadores são contratados de forma precária, porque a PMI não realiza os concursos públicos conforme determina a legislação e estes profissionais ainda são demitidos em massa por retaliação por reivindicarem, junto com toda a categoria, os seus direitos”.
Isaura lembra que ao final do primeiro semestre ainda faltam muitos professores e assistentes nas escolas, gerando muita sobrecarga de trabalho e desvios de função. “O que estamos denunciando é uma situação de extrema de precarização”, salienta.

BALANÇO

Ela fez um breve balanço do movimento grevista e disse que no primeiro dia de greve foi verificada a adesão em pelo menos 10 escolas da rede municipal. “Tanto nas redes, como nas escolas e em toda a cidade, a gente percebe que já existe o entendimento de que algo muito errado está acontecendo com a educação, que não aparece nas propagandas do governo municipal”, ressaltou.

CRIMINALIZAÇÃO

Isaura Carvalho criticou ainda as tentativas da Prefeitura Municipal de judicializar e criminalizar o movimento dos professores. “O governo tenta criminalizar o movimento dos trabalhadores desde o início ameaçando os dirigentes de prisão, impedindo a entrada na Prefeitura mesmo com agendamento de reunião e agora noticiando que está atuando para criminalizar a luta dos trabalhadores. No entanto, é a categoria que decidiu pelo início e que também decidirá pelo encerramento do movimento. A categoria, representada pelo Sind-UTE, sempre esteve e estará aberta ao diálogo que seja verdadeiramente construtivo, inclusive, protocolando novo pedido de reunião com o governo”, adiantou.

DEFESA DA EDUCAÇÃO

A dirigente sindical disse que a categoria acredita que uma continuidade das negociações possa resultar em melhoria nas posições do governo. “Temos a expectativa que o governo avance, apresentando propostas para o cumprimento das legislações que regem a remuneração da educação, que reintegre os trabalhadores demitidos injustamente durante as paralisações, que faça concurso público e também contrate os profissionais para suprir aqueles que faltam nas escolas. Nós somos uma rede, um só corpo e nossa luta hoje é para defender a educação pública aos estudantes de Ipatinga”, concluiu.

 

 

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Confira a matéria completa em: www.jornalbairrosnet.com.br

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